O representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau defendeu a necessidade de uma iniciativa para promover o diálogo e o entendimento para estabilizar o país.
Miguel Trovoada disse à Rádio ONU, de Bissau, que uma das prioridades da Nações Unidas junto às autoridades guineenses tem sido apoiar a comissão de diálogo criada no Parlamento.
Tarefas
Esta semana, o programa do novo governo guineense está em debate no órgão legislativo.
“É necessário que tudo seja feito para que as autoridades nacionais possam estabelecer uma plataforma de diálogo e entendimento sem o qual não será possível a estabilidade e a paz social para permitir o país realmente avançar, consolidar o Estado de direito e as instituições democráticas e implementar os programas de desenvolvimento.”
O executivo chefiado por Carlos Correia seguiu-se a dois meses de tensão política após o afastamento do então primeiro-ministro Domingos Simões Pereira em agosto.
Instabilidade
Trovoada disse que várias tarefas planeadas com as autoridades guineenses não tiveram como avançar durante o período devido à instabilidade.
“Nós já sabíamos que a estabilidade não era profunda, era frágil. As causas profundas da instabilidade não foram removidas. Apelamos sempre, não só as Nações Unidas mas toda a comunidade internacional e todos os parceiros da Guiné-Bissau para o diálogo para ultrapassar as diferenças e divergências que existem incluindo nos órgãos de poder de Estado. Nós sempre dissemos que era necessário que o diálogo prevalecesse na abordagem das questões e que ele pudesse permitir as instituições de Estado funcionar harmoniosamente no quadro da solidariedade e da cooperação inter-institucional que se impõe num Estado democrático.”
Programa de Desenvolvimento
Uma reunião de chefes de Missões das Nações Unidas na África Ocidental recomendou o diálogo no país com vista à criação de um ambiente propício para a implementação do programa de desenvolvimento.
No encontro realizado na sexta-feira em Abidjan, os representantes destacaram a “falta de um clima de estabilidade duradoura na Guiné-Bissau, mesmo com as altas expectativas que se seguiram à restauração da ordem constitucional.”
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