Malam Mane Sanha, um dos homens detidos em 2013 com o ex-chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto, foi deportado no dia 01 de dezembro para Portugal.
"O senhor Sanha foi deportado para Portugal sob a autoridade legal do governo dos Estados Unidos depois de ter cumprido a pena pelos seus crimes", confirmaram à Lusa os serviços de imigração e fronteiras do país (ICE, na sigla em inglês).
Sanha, de 29 anos, foi julgado em Nova Iorque sob o nome Manuel Mamadi Mane, um dos mais de 12 nomes que usou durante a sua actividade criminosa.
Depois de confessar os crimes de conspiração para narco-terrorismo, para importar cocaína para os EUA, para fornecer material militar a uma organização terrorista (FARC) e para obter e transferir misseis, Sanha foi condenado em maio a 36 meses de prisão.
Foi deportado ainda este ano porque os meses em que aguardou julgamento detido contaram como tempo de pena.
O ICE confirmou à Lusa que Sanha tem nacionalidade portuguesa e guineense, mas usou o passaporte português, que foi confirmado válido, no processo de deportação.
Os serviços de imigração e fronteiras contactou o Estado português e uma força de segurança portuguesa estava à espera de Sanha quando ele aterrou no país.
Em abril de 2103, Na Tchuto, Sanha e outros três guineenses foram detidos em águas internacionais, ao largo de Cabo Verde, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana.
Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Todos os envolvidos confessaram e encontram-se a cumprir pena em prisões norte-americanas.
Na Tchuto também confessou os crimes de que é acusado no ano passado, mas a sua sentença ainda não é conhecida.
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