O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) terminou, dia 18 de dezembro, a participação na missão portuguesa de cooperação com a Guiné-Bissau para o combate ao vírus Ébola.
Desde março deste ano, o INSA foi responsável por assegurar o funcionamento em permanência de um laboratório móvel em Bissau que permitiu garantir a detecção atempada do vírus ébola em amostras de doentes suspeitos de terem contraído a doença.
Durante o tempo em que estiveram em Bissau, além executar os diagnósticos de ébola, os técnicos do INSA garantiram também a formação de pessoal especializado no local, nomeadamente nas áreas de boas-práticas microbiológicas, biossegurança laboratorial, transporte de substâncias infecciosas e técnicas de diagnóstico molecular, de forma a dar continuidade às boas praticas e diagnósticos entretanto implementados.
Com o fim da presença do INSA na Guiné-Bissau, parte do equipamento que integrava este laboratório móvel foi agora transferido das instalações do Hospital Simão Mendes para as instalações do INASA, entidade que ficou responsável por assegurar a continuidade da utilização do equipamento após o final da missão de cooperação portuguesa. O objectivo é reforçar a capacidade de diagnóstico laboratorial, rápido e preciso, das doenças infecciosas com mais impacto em termos de saúde pública na Guiné-Bissau.
Segundo Jorge Machado, coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas, o “balanço da participação do Instituto Ricardo Jorge na Guiné-Bissau, no contexto da missão Portuguesa de combate à epidemia por vírus Ébola, é muitíssimo positivo”. "Não sendo a Guiné Bissau um país com Ébola é contudo um pais de risco, pelo que é necessário dar continuidade ao trabalho efectuado para que o que se construiu com tenacidade e esforço não seja perdido", sublinha o especialista do INSA.
Missão Portuguesa de Cooperação com a Guiné-Bissau A missão de cooperação na área da Saúde entre o Governo de Portugal e da Guiné-Bissau envolveu uma equipa multidisciplinar portuguesa que, além de técnicos do INSA, contou também com a participação de profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
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