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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Oposição da Guiné Equatorial felicita saída da CPLP de ONG portuguesas

A Coligação para a Restauração de um Estado de Direito (CORED) na Guiné Equatorial felicitou a Plataforma Portuguesa das Organizações não-governamentais para o Desenvolvimento pela decisão de suspender o estatuto de observadora consultiva da CPLP.


No passado dia 23, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovou a entrada da Guiné Equatorial na organização, uma reivindicação antiga do Governo, liderado desde 1979 pelo Presidente Teodoro Obiang, e contestada por várias organizações da sociedade civil, que alegam o facto de poucos falarem português e acusam o regime de várias violações de direitos humanos.

Em nota a que a Lusa teve hoje acesso, a CORED considera de "corajosa" a decisão da Plataforma Portuguesa das Organizações não-governamentais para o Desenvolvimento, tomada na sexta-feira, após a CPLP ter admitido a Guiné Equatorial como membro de pleno direito.

"Esta decisão corajosa em protesto ao apoio que está recebendo o déspota que dirige o nosso país há 35 anos a partir do qual os democratas dizem, é, ao mesmo tempo, um sinal inequívoco de solidariedade para com o povo oprimido da Guiné Equatorial, na sua luta desigual contra o regime ultrajante e seus associados internos e externos", lê-se no comunicado desta coligação da oposição.

Em carta dirigida ao secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, com conhecimento do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, dos embaixadores dos Estados-membros da organização lusófona e dos restantes observadores consultivos, a Plataforma comunicou ainda que, na próxima assembleia-geral, "será levada a votação a proposta de exclusão definitiva como observadora consultiva" da organização lusófona.

"A CPLP não é -- nem pode converter-se -- num clube de negócios, em que os interesses estritamente económicos de uma elite se sobrepõem aos direitos humanos e à dignidade de muitos", considerou a Plataforma, presidida por Pedro Krupenski e que integra várias organizações.

A propósito, a CORED considerou que "a situação sociopolítica na Guiné Equatorial é como descrita pela Plataforma para o Desenvolvimento da ONG portuguesas, mas alguns preferem ignorar, porque uma gota de óleo é mais cara do que uma gota de sangue".

A organização acusou a CPLP de ter tomado uma decisão em função dos interesses económicos e de "claudicar-se à custa do sofrimento de um povo que reivindica seus direitos legítimos, que aspira a uma vida digna, porque a natureza deu alguns recursos que podem atender às suas necessidades".
 

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