O antigo ministro do Interior da Guiné-Bissau Fernando Gomes apresentou ontem um livro sobre os direitos humanos no país, um facto que é contestado por familiares de pessoas mortas quando o político era governante.
Fernando Gomes regressou ao país no mês passado, depois de estar refugiado em Portugal na sequência do golpe militar de abril de 2012, e hoje apresenta um livro intitulado: Direitos Humanos na Guiné-Bissau, com o prefácio do antigo presidente português Mário Soares.
O livro ainda nem sequer foi apresentado ao público mas os familiares de Roberto Cacheu, antigo secretário de Estado da Cooperação Internacional e do major Iaia Dabó, um ex-policia, ambos mortos quando Gomes era ministro do Interior, insurgem-se em carta aberta contra a iniciativa do político.
Roberto Cacheu era um conhecido dirigente político do país que se notabilizou contra o Governo do então primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, entretanto derrubado pelos militares a 12 de abril de 2012.
"Roberto Cacheu e Iaia Dabó desapareceram ou morreram barbaramente aos pés de Fernando Gomes, enquanto ministro do Interior. As investigações estão em curso", lê-se na carta a que agência Lusa teve acesso e subscrita por 12 pessoas que se assumem como familiares dos dois dirigentes mortos em 2011.
As circunstâncias das mortes de Roberto Cacheu e de Iaia Dabó ainda estão por esclarecer mas, para os familiares de ambos, Fernando Gomes não pode vir ao público falar dos direitos humanos na Guiné-Bissau se tem contas à prestar à sociedade sobre a matéria.
"Os direitos humanos de ontem são os mesmos direitos humanos de hoje. Quem ontem desprezou os direitos humanos é a mesma pessoa que hoje lhes empresta homenagem", diz ainda a carta aberta.
Os familiares de Cacheu e Dabó lembram a Fernando Gomes que os direitos humanos "não se tratam de uma retórica ou de uma fantasia".
"Têm a existência real e traduzem-se no direito à integridade física, moral, direito à vida, à liberdade de opinião e à oposição", salientam ainda os autores da carta aberta
Fernando Gomes é fundador e primeiro presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.
O livro ainda nem sequer foi apresentado ao público mas os familiares de Roberto Cacheu, antigo secretário de Estado da Cooperação Internacional e do major Iaia Dabó, um ex-policia, ambos mortos quando Gomes era ministro do Interior, insurgem-se em carta aberta contra a iniciativa do político.
Roberto Cacheu era um conhecido dirigente político do país que se notabilizou contra o Governo do então primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, entretanto derrubado pelos militares a 12 de abril de 2012.
"Roberto Cacheu e Iaia Dabó desapareceram ou morreram barbaramente aos pés de Fernando Gomes, enquanto ministro do Interior. As investigações estão em curso", lê-se na carta a que agência Lusa teve acesso e subscrita por 12 pessoas que se assumem como familiares dos dois dirigentes mortos em 2011.
As circunstâncias das mortes de Roberto Cacheu e de Iaia Dabó ainda estão por esclarecer mas, para os familiares de ambos, Fernando Gomes não pode vir ao público falar dos direitos humanos na Guiné-Bissau se tem contas à prestar à sociedade sobre a matéria.
"Os direitos humanos de ontem são os mesmos direitos humanos de hoje. Quem ontem desprezou os direitos humanos é a mesma pessoa que hoje lhes empresta homenagem", diz ainda a carta aberta.
Os familiares de Cacheu e Dabó lembram a Fernando Gomes que os direitos humanos "não se tratam de uma retórica ou de uma fantasia".
"Têm a existência real e traduzem-se no direito à integridade física, moral, direito à vida, à liberdade de opinião e à oposição", salientam ainda os autores da carta aberta
Fernando Gomes é fundador e primeiro presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.
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