Representantes humanitários da ONU na República Centro-Africana (RCA) apelam por mais protecção às comunidades de deslocados na cidade de Batangafo, no norte do país.
Nesta localidade, agências de ajuda trabalham incessantemente para diminuir o sofrimento das pessoas, que fogem dos embates na região para a cidade em busca de abrigo. Mais de 30 mil pessoas deslocadas já chegaram à cidade, que recebe um fluxo diário de mais de 100 pessoas, segundo o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Em sua visita à localidade, a coordenadora humanitária do OCHA, Claire Bourgeois, frisou a necessidade urgente de restaurar a autoridade do Estado na cidade, e a proteção e segurança dos civis que sofrem o risco de novos ataques na região.
“Isso ajudará a conter o fluxo diários de centenas de deslocados internos que chegam ao local em busca de segurança; facilitará o retorno para os seus locais de origens; e ao mesmo tempo, permitirá os atores humanitários a alcançar as pessoas em necessidade em áreas onde as actividades que foram interrompidas por questões de segurança”, disse Bourgeois.
Além da representante do OCHA, a delegação contou com a presença de representantes do Ministério de Assuntos Humanitários, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), do Fundo de População da ONU (UNFPA), a agência da ONU para refugiados (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros parceiros humanitários que avaliaram as necessidades prioritárias dos deslocados.
“O mundo precisa acordar para a enorme crise na RCA. Essa é uma das emergências humanitárias mais graves do mundo. Precisamos urgentemente de acção e mais compromisso. Acção para proteger civis deve ser a principal prioridade para todos os actores”, disse Bourgeois.
O apelo da máxima representante do OCHA acontece após o pedido do ACNUR por 331 milhões de dólares para continuar a prover ajuda aos 450 mil refugiados da RCA que lutam por sua sobrevivência na região.
(As tensões na República Centro-Africana entre grupos armados na área de Batangafo estão provocando um fluxo de novos deslocamentos. Foto: OCHA/Gemma Cortes) |
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