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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Timor Leste: Policia judiciária reforçada

O director nacional da Polícia Judiciária portuguesa chegou hoje a Díli onde representará a ministra da Justiça na cerimónia de tomada de posse dos investigadores e peritos da Polícia Científica de Investigação Criminal (PCIC) timorense.


 
José Maria de Almeida Rodrigues viajou para Timor-Leste acompanhado de Carlos Alberto Lopes Farinha, diretor do Laboratório de Polícia Cientifica de Portugal, uma das instituições envolvidas na formação dos especialistas.

Trata-se de 47 investigadores e 31 peritos selecionados e formados em Portugal e Timor-Leste na Escola da PJ, no Laboratório de Polícia Científica da PJ e no Instituto de Medicina Legal de Coimbra.

Criada, formalmente, em maio do ano passado a PCIC nasce como um corpo superior de polícia criminal com regime de carreira especial na dependência orgânica do Ministério da Justiça.

A tomada de posse dos agentes, na sexta-feira, marca o fim de um processo que começou em 2009 com a visita a Timor-Leste do diretor nacional da PJ, no âmbito do acordo de cooperação bilateral entre os Ministérios de Justiça dos dois países.

O programa, que foi financiado pela União Europeia no âmbito do Programa de Apoio à Governação foi implementado com o apoio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, tendo como parceiros a Polícia Judiciária de Portugal e o Ministério da Justiça de Timor-Leste.

As equipas formadas incluem 10 investigadores-chefes e 37 investigadores criminais que depois de sete meses de formação na Escola da PJ em Portugal cumpriram um estágio de 24 meses em Timor-Leste.

Foram ainda formados dois especialistas superiores e 19 especialistas no Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária, entre os quais 16 especializados na análise de cenas de crimes (recolha e tratamento de vestígios biológicos e não biológicos, como é o caso da lofoscopia, a recolha de impressões digitais) e em toxicologia (3 meses e meio);

Dois médicos timorenses receberam ainda, durante um ano, formação especializada em ciências forenses no Instituto de Medicina Legal de Coimbra.

Em entrevista recente à agência Lusa o ministro da Justiça, Dionísio Babo, considerou que Timor-Leste precisava urgentemente dos investigadores e peritos PCIC.

"Hoje o modus operandi dos crimes transnacionais é muito sofisticado e nós necessitamos de uma polícia especializada na área forense que possa apoiar o nosso sistema judicial", disse à agência Lusa Dionísio Babo.

"O sistema jurídico timorense também precisa desta forma de polícia, deste tipo de policia, com especialidade na área forense, para poder ajudar a apurar os factos das provas que podem depois fundamentar as decisões dos tribunais", afirmou.
 
 
 
 

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