Deolindo Gomes lançou , na Praia, o livro "Guiné-Bissau: Angústia e esperança em plena democracia (1974-2010)”, que oferece um olhar sobre o ontem, hoje e amanhã desse país onde a mudança de mentalidade é o que mais falta.
“Muitas pessoas pensam que a Guiné-Bissau está numa situação em que não pode mudar. Não. Ela precisa sim de uma mudança de mentalidade”, disse em declarações à Inforpress, Deogos Ómega, como assina o livro este professor de francês no liceu da Calabaceira, residente há 15 anos em Cabo Verde.
Neste olhar sobre o seu país, disse apresentar uma mensagem optimista sobre a Guiné-Bissau, dado que muitos são os factores que contribuíram para o seu estado actual, nomeadamente a má gestão do Estado e da coisa pública, a guerra civil, o desemprego, entre outros.
“No livro, faço o balanço do percurso do meu país de 1974 a 2010 para mostrar que a Guiné não é um país pobre, mas está pobre, porque a sua pobreza não é natural mas sim adquirida”, precisou.
Para este bissau-guineense, quase 36 anos passados sobre a independência do país, este nunca conheceu a felicidade, vivendo sim numa situação “muito, muito difícil”.
“O mais importante é que temos a esperança. Acima de tudo, temos esperança de que um dia as coisas vão mudar”, garantiu Deolindo Gomes.
Ao todo, o livro analisa 66 temas, informou ao autor, destacando como os mais importantes a instabilidade política, os assassinatos políticos que ao longo dos anos assolaram a Guiné-Bissau, a rebelião, a democracia, o desenvolvimento humano e socioeconómico e os projectos falhados durante várias décadas.
Instado sobre o que terá falhado no projecto de Amílcar Cabral que lutou por uma Guiné-Bissau independente e desenvolvida, Deolindo Gomes respondeu: “Parece que Amílcar Cabral não falhou. Quem falharam foram os seus seguidores, os guineenses que ficaram no período pós-Cabral”.
Na sua visão, competia a estes continuarem a obra iniciada, “porki luta inda ka kaba” rumo a um Estado de esperança, razão porque vê na mudança de mentalidade dos guineenses a saída possível para salvar o país.
“Tenho mil esperanças de que as novas lideranças políticas venham a seguir nessa senda”, afiançou o professor que se considera muito bem integrado em Cabo Verde para onde emigrou com a família, mas tem filhos que nasceram cá.
Não sabe, contudo, se voltaria à Guiné-Bissau, porque sente-se em casa em Cabo Verde. Contudo, não descarta a possibilidade de voltar caso a situação melhore de facto. Deolindo Gomes é, actualmente, professor de francês, depois de ter frequentado uma licenciatura na Uni-CV, sem ter apresentado ainda o trabalho de monografia. Mas a sua primeira formação é de técnico agrário, tendo trabalhado na Guiné-Bissau e Guiné-Conakry e frequentado várias formações nessa área em diversos países, além de se ter capacitado em estudos pedagógicos em França.
Aqui teve apoio de um amigo para publicar este livro, cujos 200 exemplares foram editados com recursos próprios e sem qualquer patrocinador, sendo que parte da venda irá para ajudar crianças de Boca Larga (São Domingos), primeira localidade que conheceu em Cabo Verde de visita com os seus alunos.
Uma segunda parte será destinada às crianças hospitalizadas no hospital central Simão Mendes de Bissau, onde se sente falta de muitas coisas, acrescentou Deolindo Gomes.
Neste olhar sobre o seu país, disse apresentar uma mensagem optimista sobre a Guiné-Bissau, dado que muitos são os factores que contribuíram para o seu estado actual, nomeadamente a má gestão do Estado e da coisa pública, a guerra civil, o desemprego, entre outros.
“No livro, faço o balanço do percurso do meu país de 1974 a 2010 para mostrar que a Guiné não é um país pobre, mas está pobre, porque a sua pobreza não é natural mas sim adquirida”, precisou.
Para este bissau-guineense, quase 36 anos passados sobre a independência do país, este nunca conheceu a felicidade, vivendo sim numa situação “muito, muito difícil”.
“O mais importante é que temos a esperança. Acima de tudo, temos esperança de que um dia as coisas vão mudar”, garantiu Deolindo Gomes.
Ao todo, o livro analisa 66 temas, informou ao autor, destacando como os mais importantes a instabilidade política, os assassinatos políticos que ao longo dos anos assolaram a Guiné-Bissau, a rebelião, a democracia, o desenvolvimento humano e socioeconómico e os projectos falhados durante várias décadas.
Instado sobre o que terá falhado no projecto de Amílcar Cabral que lutou por uma Guiné-Bissau independente e desenvolvida, Deolindo Gomes respondeu: “Parece que Amílcar Cabral não falhou. Quem falharam foram os seus seguidores, os guineenses que ficaram no período pós-Cabral”.
Na sua visão, competia a estes continuarem a obra iniciada, “porki luta inda ka kaba” rumo a um Estado de esperança, razão porque vê na mudança de mentalidade dos guineenses a saída possível para salvar o país.
“Tenho mil esperanças de que as novas lideranças políticas venham a seguir nessa senda”, afiançou o professor que se considera muito bem integrado em Cabo Verde para onde emigrou com a família, mas tem filhos que nasceram cá.
Não sabe, contudo, se voltaria à Guiné-Bissau, porque sente-se em casa em Cabo Verde. Contudo, não descarta a possibilidade de voltar caso a situação melhore de facto. Deolindo Gomes é, actualmente, professor de francês, depois de ter frequentado uma licenciatura na Uni-CV, sem ter apresentado ainda o trabalho de monografia. Mas a sua primeira formação é de técnico agrário, tendo trabalhado na Guiné-Bissau e Guiné-Conakry e frequentado várias formações nessa área em diversos países, além de se ter capacitado em estudos pedagógicos em França.
Aqui teve apoio de um amigo para publicar este livro, cujos 200 exemplares foram editados com recursos próprios e sem qualquer patrocinador, sendo que parte da venda irá para ajudar crianças de Boca Larga (São Domingos), primeira localidade que conheceu em Cabo Verde de visita com os seus alunos.
Uma segunda parte será destinada às crianças hospitalizadas no hospital central Simão Mendes de Bissau, onde se sente falta de muitas coisas, acrescentou Deolindo Gomes.
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