BAMAKO, Mali, July 10, 2015 - Um acordo histórico para construir, possuir e gerir (Build-Own-Operate) a primeira central elétrica solar de grande escala da África Ocidental foi assinado hoje pela empresa norueguesa Scatec Solar (http://www.scatecsolar.com) e os seus parceiros, o Ministério de Energia e Água do Mali e a Electricité du Mali (EDM). A ser construído perto da antiga cidade de Segou no sudeste do Mali, a 240km de Bamako, o projeto solar de 33MW está a ser desenvolvido em parceria com a IFC InfraVentures e a empresa local Africa Power 1.
Discursando na ocasião, o Ministro Maliano da Energia e Água, Sr. Mamadou Frankaly Keita disse: “Este acordo marcante demonstra o compromisso do Governo em satisfazer as necessidades crescentes de energia do país e a produzir energia limpa, renovável e acessível para o nosso povo.”
Os acordos de hoje incluem um Contrato de Compra de Energia (CCE) entre a EDM e a Segou Solaire, a empresa local de projetos, para o fornecimento de energia solar ao longo dos próximos 25 anos. O CCE com a empresa elétrica é complementado com um Contrato de Concessão com o Governo do Mali, que concede licença de operação à Segou Solaire SA.
Com este CCE, a Scatec Solar fortalece a sua posição como o Produtor de Energia Elétrica Independente (PEEI) solar integrado líder em África. O CEO da empresa baseada em Oslo, Raymond Carlsen, diz: “Este projeto é outro grande marco para a Scatec Solar. Após vários anos de esforços para o desenvolvimento da região, podemos agora avançar com a primeira central elétrica solar de grande escala da África Ocidental. As autoridades malianas têm demonstrado vontade decisiva em enfrentar o problema recorrente do fornecimento de energia.”
A Scatec Solar ASA (SSO) irá deter 50 porcento da central elétrica e a IFC InfraVentures do Banco Mundial irá deter 32,5 porcento, enquanto a empresa de desenvolvimento de projetos local, Africa Power 1, liderado pelo Sr. Ibrahim Togola, deterá 17,5 porcento. A Scatec Solar irá construir a central e, ainda, fornecer serviços de operação e manutenção após a ligação da central à rede.
“Um dos pilares da Estratégia de Apoio Nacional do Banco Mundial para o Mali é aumentar o acesso à energia, fundamental para o desenvolvimento. A parceria da IFC InfraVentures com a Scatec Solar e a Africa Power 1 ajuda a avançar esta estratégia através da Scatec Segou, parte de uma série de projetos de energia renovável que estamos a desenvolver no país”, disse Mr.Paul Noumba Um, World Bank Country Director for Mali.
O Dr. Ibrahim Togola, Diretor da Africa Power 1 SA diz: “O evento de hoje é histórico porque o Mali passa a ser o primeiro país a instalar a maior central elétrica solar ligada à rede da região. Esta parceria de alto perfil na qual participam os cidadãos do Mali servirá como um modelo para lançar a era solar na África Ocidental.”
A produção anual da central elétrica solar de 33MW está estimada em 60 mil Megawatts/hora. A central solar fotovoltaica montada no solo envolverá aproximadamente 130 mil módulos fotovoltaicos num sistema de inclinação fixa e será ligada a uma linha de transmissão existente. A energia produzida pela central representa cinco porcento do consumo elétrico total do Mali, equivalente ao consumo elétrico de 60 mil habitações. Durante a fase de construção, o projeto criará 200 empregos locais. Como parte da filosofia empresarial da Scatec, será dada especial importância à transferência de conhecimentos técnicos à comunidade local.
Numa era de preocupações com as mudanças climáticas, a central elétrica de 33MW da Segou é uma iniciativa importante para reduzir as emissões de carbono em cerca de 46 mil toneladas uma vez terminada. A Scatec Solar e a EDM irão, em conjunto, registar o projeto com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Clean Development Mechanism – CDM) das Nações Unidas, integrado no programa da Scatec Solar para projetos solares em África.
O projeto com um custo total de 52 milhões de euros será financiado através de uma dívida de financiamento de projeto sénior de 45%. A IFC InfraVentures providenciará a dívida por um custo total de 23 milhões. O projeto tem garantido, ainda, uma concessão de um empréstimo que cobrirá 30% das despesas de capital do Fundo de Investimento Climático através do “Programa para Ampliar a Energia Renovável em Países de Baixos Rendimentos” (Scaling Up Renewable energy in Low Income Countries Program – SREP). Os 25% restantes serão fornecidos com capitais próprios pelos parceiros do projeto. O fecho do financiamento é esperado antes do final deste ano.
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