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Joseph Pulitzer

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Os dois países institucionalizam cimeira bilateral entre os dois chefes de governo

Os primeiros-ministros de Cabo Verde e da Guiné-Bissau passam a encontrar-se de dois em dois anos numa cimeira bilateral que será realizada alternadamente nos dois países, objectivando a identificação de uma parceria estratégica.


Esta é uma das ideias-chave do documento final da visita de quatro dias que José Maria Neves efectuou à Guiné-Bissau e que recomenda, num outro ponto, a entrada em funcionamento da comissão bilateral conjunta, criada em Março de 2015, para permitir uma interacção “permanente e célere” na execução das medidas agora acordadas.

Os dois chefes de governo querem estabelecer metas, identificar e remover obstáculos, agilizar procedimentos e temporizar a implementação dos acordos assinados, no decorrer desta visita, nas áreas fitossanitária e zoo sanitário, e a convenção relativa à dupla tributação e evasão fiscal.

Acordos que segundo José Maria Neves, em declarações aos jornalistas no final da visita, mostram a “vontade firme” dos dois governos na construção da parceria estratégica e na criação de condições para o reforço da cooperação económica/empresarial, e entre os dois governos.

“Foi uma grande visita, ultrapassou todas as minha expectativas e estamos em condições de poder construir uma parceria estratégica entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau”, reforçou o chefe do Governo cabo-verdiano.

Após visitar durante o dia de sábado o arquipélago dos Bijagós, ilhas que segundo José Maria Neves revelam a “extraordinária riqueza da Guiné-Bissau”, o governante cabo-verdiano mostrou-se disponível para apoiar a aproximação entre os municípios de Cabo Verde e a região de Bolama e Bijagós para possíveis acordos de geminação e de cooperação descentralizada.

“A cooperação Cabo Verde-Guiné-Bissau tem tudo para dar certo porque são dois países que têm muito em comum, de história, de consanguinidade, duas comunidades muito bem integradas nos dois países”, sintetizou, pelo que, acrescentou, há complementaridades económicas que poderão ser aproveitadas para criar factores de competitividade e de crescimento económico e de desenvolvimento sustentável nos dois países.

Na mesma linha, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, fez uma avaliação “muito positiva” da visita do seu homólogo de Cabo Verde e mostrou-se “seguro” em como os resultados “irão aparecer” e confirmar o optimismo com que foi selada a visita de José Maria Neves à Guiné-Bissau.

“Estou convencido de que os instrumentos estão criados, a vontade está afirmada agora é deitar mão ao trabalho e sermos capazes de corresponder ao desígnio que é histórico, aos laços de sangue que unem os dois povos”, lançou o estadista guineense, lembrando que o propósito é “juntos trabalharmos e juntos construirmos o futuro” que se quer “brilhante” para os dois países.

Cabo Verde decidiu contribuir para o desenvolvimento social da Guiné-Bissau, segundo José Maria Neves, com uma doação de um lote de medicamentos ao Hospital Simão Mendes para suprir as necessidades na área da pediatria.

Na ponta final da estada na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro reuniu-se com a comunidade cabo-verdiana aqui radicada, acto que antecedeu um espectáculo musical protagonizada pela banda Cabo Verde Show.

A comitiva cabo-verdiana regressa na madrugada de segunda-feira, 20, a Cabo Verde.

Nesta visita à Guiné-Bissau, José Maria Neves fez-se acompanhar da ministra do Turismo, Industria e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Maria de Jesus Miranda, e ainda de altos dirigentes de instituições governamentais do país.

Efectuou visitas de cortesia aos presidentes da República, José Mário Vaz, e da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá.

O chefe do governo cabo-verdiano e o seu homólogo guineense passaram em revista os interesses comuns da agenda bilateral, designadamente a concertação política, os desafios e as estratégias nacionais de desenvolvimento de cada um dos países, a cooperação económica, o apoio às comunidades residentes dos dois países e a criação de condições para agilizar e dinamizar a implementação de acções de cooperação já acordadas.
 
 
 
 

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