Em causa está a alegada recusa do Governo cabo-verdiano em dialogar com a ASFIC/PJ, que exige a revisão da base salarial dos trabalhadores, apresentada no âmbito da atualização da grelha salarial e do quadro de transição integrado no novo estatuto da Policia Judiciária, do qual discordam.
Os efectivos da PJ reivindicam ainda o pagamento de retroactivos em atraso correspondente a progressões na carreia, que, nalguns casos, remontam a 2008, e a actualização das promoções, havendo situações de agentes há 16 anos sem promoções.
Hoje, numa entrevista publicada no semanário Expresso das Ilhas, o ministro da Justiça cabo-verdiano, José Carlos Correia, mostrou-se "céptico" em relação à concretização efectiva da demissão em bloco dos profissionais da PJ, ressalvando, porém, que, a concretizar-se "caberá ao Estado arranjar novas pessoas".
Também hoje, o Procurador-Geral da República (PGR) de Cabo Verde, Óscar Tavares, manifestou-se "preocupado" com a ameaça, lembrando que a Polícia Judiciária tem um papel fundamental no combate a criminalidade.
A ameaça dos profissionais da PJ cabo-verdiana foi assumida durante a última greve geral de 48 horas, que decorreu a 02 e 03 deste mês, em que ameaçara, também entrar em greve por tempo indeterminado.
A PJ já tinha concretizado uma greve em fevereiro deste ano.
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