Cinco países lusófonos estão entre os países mais vulneráveis a situações de conflito ou desastres num mundo cada vez mais propenso a crises, segundo um relatório da ONU sobre o estado da população global.
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe estão na lista de países e territórios vulneráveis a conflitos e desastres de acordo, sendo a Guiné-Bissau considerada um caso mais grave em termos de falta de recursos para responder a acontecimentos imprevistos.
Todos os países têm carências em duas ou mais de cinco dimensões: violência; acesso à justiça e estado de direito; eficiência, responsabilização e abrangência das instituições públicas, estabilidade económica; e resiliência a choques e desastres.
O relatório do Fundo para a População das Nações Unidas (FNUAP) refere que, nas últimas décadas, têm-se verificado cada vez mais desastres relacionados com catástrofes naturais ou meteorológicas e um grande movimento migratório por causa de pobreza ou insegurança.
Indica também que houve uma alteração do perfil dos países considerados vulneráveis, que deixaram de ser exclusivamente apenas pobres em termos de rendimentos para passarem a incluir também países com rendimentos médios, mas com problemas de violência e um grande emprego jovem.
Este ano, o relatório sobre "O Estado da População Mundial" salienta que os conflitos, desastres naturais e outras situações de emergência humanitária estão a ter maior um grande impacto na saúde e bem estar das mulheres e raparigas devido às necessidades específicas em termos de saúde sexual e reprodutiva.
Estima-se que cerca de 26 milhões, um quarto do total de 100 milhões de pessoas vítimas de crises humanitárias em termos de saúde e bem estar, são mulheres e raparigas em idade reprodutiva, ou seja, entre os 15 e 49 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário