A ministra da Educação, Família e Inclusão Social, Maritza Rosabal, disse, terça-feira (20), que Cabo Verde e Timor-Leste vão assinar um acordo de cooperação que permite aos docentes cabo-verdianos lecionarem naquele país.
O anúncio foi feito pela governante, na Cidade da Praia, na sequência
 de um encontro de trabalho com o seu homólogo de Timor-Leste, António 
da Conceição, que está no arquipélago para uma visita de quatro dias, 
tendo adiantado que neste momento estão a analisar as questões técnicas 
relacionadas com este tipo de cooperação.
A ministra avançou que com este acordo de cooperação, Cabo Verde 
compromete-se a fazer concursos públicos para envio de docentes de 
língua portuguesa e outras áreas afins a Timor Leste, com o intuito de 
ajuda-lo no processo de reforço da língua portuguesa.
"Neste momento estamos a trabalhar de modo a criar as condições 
técnicas para a contratação deste tipo de acordos, para que em Janeiro 
de 2018 possa estar tudo definido", assegurou indicando que este 
protocolo vai contemplar 16 professores nacionais.
Maritza Rosabal disse ainda que o encontro serviu também para 
analisarem novas áreas de cooperação entre os dois países, tendo 
acrescentando que 43 estudantes timorenses vão frequentar este ano as 
universidades cabo-verdianas.
Por sua vez, o ministro do Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e
 da Educação de Timor Leste, António da Conceição agradeceu pelo apoio 
que o arquipélago tem dado ao seu país nos últimos anos, e pela 
disponibilidade de 43 vagas para os estudantes timorenses que este ano 
vão frequentar as universidades cabo-verdianas.
"Pretendemos ver ainda, qual é a possibilidade de mantermos esta 
cooperação sobretudo na área da educação, de modo a explorar uma nova 
implementação dos acordos existentes entre os dois países, uma vez que 
estamos a precisar de apoio de professores cabo-verdianos", referiu o 
governante frisando que a ideia passa também por reforçar a formação dos
 professores timorenses para que possam dar continuidade no ensino do 
português nas escolas do ensino básico, e secundário.
O governante disse que o seu país quer beber da experiência que Cabo 
Verde tem a nível da língua portuguesa, uma vez que o seu país tem ainda
 problemas neste domínio, frisando que transcorridos 14 anos depois da 
independência o sector da educação está em vias de desenvolvimento com 
infraestruturas em todo o território, com 11 instituições de ensino 
superior, sendo apenas uma pública e que o acesso à educação é gratuito.

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