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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Comunicados partidários

Partido da Renovação Social (PRS) lamenta derrube do executivo

Bissau (ANG, 13 de Agosto de 2015) – O líder do Partido da Renovação Social(PRS), segunda maior força política do país, lamentou a demissão do Governo chefiado por Domingos Simões Pereira.
Em declarações à Rádio Difusão Nacional, Alberto Nambeia sublinhou que a queda do Governo representa um retrocesso para a Guiné-Bissau e abertura do caminho para uma nova instabilidade no país.
“Com esta situação foi o país no seu todo que regrediu em todos os aspectos. Para quando a Comunidade Internacional irá de novo depositar a confiança nas autoridades do país.”, lamentou o Presidente do PRS.

Aquele político sublinhou que a direcção Superior do PRS havia empenhado na busca de soluções para fazer as partes sentarem-se a mesma mesa para dialogarem em busca do consenso, acrescentado que, com o anuncio do Decreto Presidencial que demite o Governo os seus esforços foram defraudados.
O Presidente Mário Vaz demitiu quarta-feira o governo liderado pelo Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira mas que integrava o PRS e outros partidos com assento parlamentar.



Comunicado da União para a Mudança (UM)

A Comissão Permanente da União para a Mudança (UM) reunida em sessão extraordinária, na sua nova sede em Bissau, para análise da grave, incompreensível e arbitrária decisão tomada pelo Presidente da República, de demitir o governo constitucional liderado pelo Engenheiro Domingos Simões Pereira;

Constatando a insustentabilidade e o infundado da argumentação apresentada pelo Presidente da República para justificar esta infeliz decisão que vem pôr em causa toda a credibilidade que o Estado da Guiné-Bissau vinha angariando a nível nacional e internacional;

Considerando a inoportunidade desta decisão, reveladora de uma ausência de sentido de Estado, na medida em que vem pôr em causa as conquistas alcançadas com a Mesa Redonda de Bruxelas, frustrando mais uma vez as enormes expectativas do povo guineense, com o Plano Estratégico e Operacional “Terra Ranka”, que mereceu o total apoio e envolvimento da comunidade internacional;

Tendo em conta a insensibilidade e a irredutibilidade manifestadas pelo Presidente da República, primeiro Magistrado da Nação, em relação às opiniões dos partidos políticos e da sociedade civil guineense e aos apelos da comunidade internacional, para se evitar uma nova crise de contornos e consequências imprevisíveis no país;

Lamentando que o Presidente da República, não tenha tido a necessária honestidade intelectual na abordagem dos números relativos às despesas efetuadas pelo Governo no quadro do TOF, documento que apresenta de forma detalhada a utilização dos fundos do Estado, contrariando inclusivé a avaliação positiva do FMI e do Banco Mundial e ocultando de forma deliberada elementos que fundamentam as referidas despesas, por forma a confundir propositadamente os guineenses e a desacreditar o governo;

Lembrando o compromisso assumido pelos dirigentes do PAIGC, em particular o seu então candidato a Presidente da República, de garantir em caso de eleição as condições indispensáveis de governabilidade do país;

A Comissão Permanente da União para a Mudança (UM), decide:
Manifestar a sua total solidariedade para com o PAIGC e o seu Presidente Engenheiro Domingos Simões Pereira, agradecendo-lhe a confiança depositada na União para a Mudança (UM), ao convidá-la para integrar o Governo de Inclusão por si liderado, manifestando a sua disponibilidade de em conjunto continuar a buscar soluções republicanas, democráticas e construtivas para o bem estar dos guineenses.

Condenar de forma veemente a decisão tomada pelo Presidente da República de derrubar o Governo constitucional liderado pelo Primeiro-Ministro Engenheiro Domingos Simões Pereira, baseada numa crise forjada, que lança agora sim, as bases de uma nova instabilidade no país de consequências imprevisíveis e que põe em risco as bases da afirmação da democracia no nosso país;

Lamentar que tal decisão premeditada venha pôr em causa todas as conquistas alcançadas pelo Governo de Inclusão, particularmente, a credibilidade angariada junto da comunidade internacional e os resultados da Mesa Redonda de Bruxelas;

Condenar a ligeireza com que o Presidente da República abordou a questão da gestão dos fundos do Estado, numa clara tentativa de confundir os guineenses, contrariando mesmo as avaliações positivas àgestão financeira do Estado, efetuadas pelas instituições de Bretton Woods;

Apelar a todos os militantes e simpatizantes da União para a Mudança (UM) e ao povo guineense em geral, para que acompanhem com serenidade e de forma ordeira o desenrolar desta crise, e a manterem-se firmes e vigilantes na busca de soluções que visem impeder a subversão da ordem constitucional e o respeito da vontade popular, assente na reposição do poder governativo ao PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas.

Feito em Bissau, aos 12 de Agosto de 2015

A Comissão Permanente da UM




Comunicado do Partido Democrático para o Desenvolvimento

Em consequência da situação política que se vive no País, causada pelo difícil relacionamento entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro que conduziu à demissão do Governo, ontem, 12 de agosto de 2015, o Partido Democrático para o Desenvolvimento (PDD), tendo em conta o clima de tensão existente, reuniu de urgência a sua Comissão Política Nacional, para um posicionamento quanto à questão da demissão do Governo e as eventuais consequências que possa trazer ao País.
Na sequência desta reunião, a Comissão Política, na linha da nota de imprensa do passado dia 6 de agosto, quando se instalou a situação que agora culminou na queda do Governo, vem apelar à serenidade e moderação na condução do problema, privilegiando o diálogo como meio por excelência para ultrapassar o conflito existente.

Apela ainda ao alto sentido de Estado às personalidades envolvidas no processo, nomeadamente, o Presidente da República, a Assembleia Nacional Popular e o Primeiro-Ministro, porquanto neste momento é preciso defender os interesses do País e do povo.
É preciso no entanto reconhecer que a responsabilidade pela situação que hoje se vive no país é, em primeiro lugar, dos titulares dos órgãos da soberania, que não souberam usar da moderação, da humildade, decidindo pelo extremar de posições face a um problema que claramente, atento às declarações dos mesmos, podia ser ultrapassado com toda a facilidade, bastando ter um pouco de noção do Estado e pôr em primeiro lugar os interesses da população, não os pessoais e dos respetivos correligionários.

Mais uma vez, apelamos à calma a sociedade civil, à população e à juventude, particularmente, pois a situação impõe de todos nós um grau de responsabilidade acrescido e um posicionamento claro sobre o interesse que deve primar na resolução de questões do Estado.
Face à realidade que se vive, ao PAIGC e ao seu Presidente, apelamos que demonstrem, tal como vêm reclamando nestes últimos dias, serem dignos libertadores da pátria, e por isso, saberem pôr o País em primeiro plano, abdicando de extremar posições e de confrontos que possam agudizar a situação do País, cujos contornos são imprevisíveis.

Ao Presidente da República, na qualidade do Primeiro Magistrado da Nação, e garante da estabilidade nacional, que não deixe de considerar todas as hipóteses na resolução do problema aberto, desde que discutidas com franqueza e possam efetivamente dar um outro alento à governação e ao País.

Todos os envolvidos devem saber fazer cedências e deixar um espaço aberto para o diálogo, o que lhes impõe uma abstenção de uso de linguagem que possam colocar em causa esta possibilidade, pelo que exortamos ainda aos Senhores Deputados que o debate incida na forma de encontrar uma solução para o problema e não o contrário.
Feito em Bissau, aos 13 dias do mês de agosto de 2015.

A Comissão Política Nacional

Policiano Gomes, Presidente
 
 
 
 (NOTA: via Umaro Djau)
 
 
 

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