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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O que pensa a população

As Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) receberam ontem um voto de confiança da população guineense. Esta teve de admitir que afinal não eram os militares que perturbavam e criavam as sucessivas crises políticas que acabaram em golpe de Estado quando ao fim da noite de quarta-feira em Bissau o chefe de Estado José Mário Vaz decretou a demissão do governo dirigido pelo líder do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira. A formação foi a vencedora das últimas legislativas.


Ontem entre os populares nas ruas, cafés e bares de Bissau a opinião era unânime: afinal não eram os militares "os maus da fita" das sucessivas crises políticas e militares no país. "É uma prova agora que realmente os políticos iam aos quartéis manipular os militares para perturbar o país, causando transtorno à população" disse apreensivo um jovem ao DN, na Praça dos Heróis Nacionais, a escassos metros da sede do PAIGC.

Os jovens guineenses dizem estar agora preocupados com a decisão do presidente de demitir o governo de Simões Pereira porque viram de novo o sonho de viver num clima de harmonia e de crescerem com tranquilidade adiado por uma classe política que só se preocupa com os seus interesses pessoais e não com os dos guineenses.

Na quarta-feira à noite, ninguém compreendeu como é que o presidente José Mário Vaz, membro do PAIGC, pode derrubar o governo de Simões Pereira, o líder do mesmo partido, que o apoiou para ser eleito presidente. Os militantes do PAIGC acusam José Mário Vaz de não aceitar durante meses dialogar sobre a Constituição, de forma a consolidar a estabilidade política e governativa depois de a comunidade internacional ter disponibilizado milhões de dólares para que o país voltasse à normalidade constitucional.

Apelaram ainda ao chefe de Estado para que dentro das suas competências fizesse um esforço no sentido de os órgãos da soberania cumprirem o mandato de quatro anos que os eleitores deram ao PAIGC, garantindo, deste modo a estabilidade institucional e a paz social na Guiné-Bissau.
 
 
 
 
 

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