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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Portugal avisa: não haverá ajuda com tensão politica interna

O Governo Português pediu ontem aos principais líderes da Guiné-Bissau para resolver suas tensões se eles querem continuar com os programas de cooperação e apoio.


"Sem o normal funcionamento da democracia, haverá grande dificuldade que a comunidade internacional tenha condições para continuar a cooperação e apoio", advertiu em um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, referindo-se ao confronto entre o Chefe de Estado, José Mário Vaz, e o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, eleito em 2014.

"Se isso acontecesse, se voltaria a um período de perturbação, de instabilidade e estagnação económica", alertou o Governo Português.

Na primavera passada, a UE decidiu conceder 160.000.000 € para a Guiné-Bissau, pequeno país Africano para ajudar a consolidar a democracia, reforçar o Estado de direito e melhorar as condições de vida da população.

"Somente o bom funcionamento da democracia e do respeito escrupuloso pela Constituição da República (Guiné Bissau) permitirá que o esforço económico de recuperação (...) e a formação da ajuda externa, se necessário", disse o Governo Português.

A ex-colónia Português, um dos países mais pobres do mundo, sofreu revoltas militares contínuas desde a independência em 1974 e também é usado por traficantes de drogas internacionais como as redes de escala entre a América do Sul e Europa.

Desde 1974, a Guiné-Bissau sofreu assassinatos e líderes golpes com uma única etapa de "paz política" por 23 anos liderados por João Bernardo "Nino" Vieira, que foi deposto em 1999.
 
 

Governo português afirmou esta terça-feira estar preocupado com a crescente divergência entre as autoridades governativas na Guiné-Bissau, sobretudo na última semana, e que tem realizado esforços para que se evite uma grave crise política naquele país africano lusófono.

"O Governo Português tem vindo a seguir com grande preocupação o progressivo avolumar das divergências entre titulares de órgãos de soberania na Guiné-Bissau e tem envidado porfiados esforços para prevenir que daquelas resulte uma grave crise política", refere uma nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

De acordo com o comunicado, "as últimas eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau permitiram criar fortes expectativas de que a estabilidade democrática se instale duradouramente no país, como o Povo guineense merece".

"Só o bom funcionamento do regime democrático e o respeito escrupuloso pela Constituição da República possibilitam o esforço de recuperação económica indispensável ao crescimento e bem-estar da Guiné-Bissau, bem como a concretização do auxílio externo tão necessário à materialização dos planos de desenvolvimento que o Governo guineense tem preparado", sublinhou o comunicado do MNE.

No texto refere-se ainda que "sem o normal funcionamento da democracia haverá grandes dificuldades para que a comunidade internacional tenha condições de prosseguir na cooperação e apoio de que a Guiné-Bissau nesta fase carece. Se tal acontecesse, retornar-se-ia a um período de perturbação, instabilidade e marasmo económico".

"O Governo Português faz ardentes votos para que seja possível rapidamente ultrapassar o risco de crise política e continuará a trabalhar com os Estados da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), bem como com a UA (União Africana), a UE (União Europeia) e a ONU, para que as dificuldades actuais sejam ultrapassadas", aponta o documento. 

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