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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Governo recebe ajuda alimentar e agrícola do Senegal

Foto retirada da net

A Guiné-Bissau recebeu hoje (quarta-feira) do Senegal ajuda alimentar e agrícola num valor superior a 300 milhões de francos CFA (cerca de 460 mil euros), disse à agência Lusa uma fonte governamental.   

O apoio é constituído por diversos produtos agrícolas, tais como sementes de alimentos, alfaias e adubos, e foi entregue ao ministro do governo de transição guineense com a pasta da agricultura, Nicolau Santos, na povoação de Kolda, no Senegal.       
O auxílio surge em resposta ao pedido de ajuda internacional lançado pela Guiné-Bissau devido aos fracos rendimentos obtidos pela população rural na campanha de caju, que é uma das principais fontes de receita do país.        

Devido à "má campanha" deste ano, os camponeses tiveram que comer as sementes que iriam usar na lavoura, ou seja, há risco de "penúria alimentar", referiu o ministro de transição ao justificar o apelo à ajuda internacional. 
Os produtos hoje recebidos vão ser conduzidos para Bafatá, no centro da Guiné-Bissau, e dali serão distribuídos por todo o país, acrescentou. 
É a segunda vez que o Senegal responde com ajuda agrícola de grande dimensão à Guiné-Bissau, depois de em 2005 ter encaminhado técnicos e meios de combate a uma praga de gafanhotos que afectou o país lusófono.  
Devido à crise deste ano, também o embaixador da China em Bissau, Wang Hua, anunciou no início de Agosto a entrega de "uma ajuda directa em cereais", num montante a definir entre os dois países.  
     
Rui Fonseca, encarregado da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Bissau, disse na segunda-feira à agência Lusa que a situação de carência alimentar severa está a aumentar no país e já deve afectar pelo menos 260 mil pessoas.  
A situação vai ser detalhada num "inquérito aprofundado de avaliação da segurança alimentar em situação de emergência", cuja equipa de inquiridores, constituída por cerca de 30 pessoas, começaram hoje a receber formação na capital do país.  
    
O inquérito vai decorrer em todo o país entre 26 de Agosto e 7 de Setembro, numa organização conjunta da FAO, do Programa Alimentar Mundial (PAM) e da Plan-International Guiné-Bissau, organização de apoio às crianças. 

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