O Governo de transição da Guiné-Bissau está a negociar combustível que garanta o funcionamento da central eléctrica da capital até final do ano, mas "haverá sempre falhas", disse hoje o porta-voz governamental, Fernando Vaz, à agência Lusa.
As dificuldades de fornecimento de combustível têm agravado o "apagão" crónico nos últimos três meses, motivando queixas de utentes que até já se organizaram numa comissão.
Fernando Vaz referiu à agência Lusa que o Governo de transição deu uma garantia de 150 milhões de francos CFA (cerca de 230 mil euros) para melhorar o fornecimento durante este mês e "está a negociar o fornecimento até final do ano".
O porta-voz do Governo de transição refere que a situação será melhor que nos últimos três meses, mas "haverá sempre falhas".
"Iremos fornecer alguma parte da cidade, outra irá estar no escuro, mas isso é o habitual, é o que feliz ou infelizmente a nossa gente já está habituada", referiu.
Uma rede obsoleta, geradores que precisam de manutenção e uma empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB) a precisar de saneamento, são os obstáculos apontados por Fernando Vaz.
"Herdámos este problema: durante 40 anos de independência é cíclico e quase endémico", acrescentou.
Para o porta-voz, "hoje pretende-se, como que por magia, que se resolva um problema estrutural que não se conseguiu resolver durante estes anos todos".
Fernando Vaz referiu que o Governo de transição está ainda a tentar implementar dois projetos de centrais fotovoltaicas, com potências de 10 e cinco megawatt, por forma a baixar o preço da energia, que aponta como um dos mais elevados da subregião africana e até do mundo.
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