Presidente da LGDH considera ter sido sequestrado pela PJ
O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins, foi convocado esta quinta-feira, 29 de Agosto, pela Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária (PJ), dois dias depois de ter apresentado uma prova de vida da cidadã guineense Enide Tavares Soares da Gama, que estava dada como morta.
Um ficheiro de áudio´ apresentado pela LGDH como prova de vida da cidadã Enide Tavares Soares da Gama, contraria as mais recentes afirmações do Chefe de Estado-maior General das Foras Armadas, António Indjai, que a dava como morta.
Para o Presidente da LGDH, não se compreende a razão da sua convocação pela brigada de homicídios da PJ, uma vez que em nenhuma circunstância afirmou que Enide Soares da Gama estava morta mas, pelo contrário, foi a sua organização que apresentou provas de que a cidadã se escontra com vida.
O responsável pela organização guineense afirmou que «toda esta ´cosmética´ não passa de uma tortura psicológica porque a exposição das informações que tinha para prestar não podiam ir além de trinta minutos, mas fui obrigado a ficar nas instalações da PJ durante mais de cinco horas. Mesmo assim, depois de eu ter assinado os autos, os agentes ainda me detiveram à espera do sinal do Director Nacional da Polícia Judiciária, para autorizar a minha libertação», revelou Luís Vaz Martins.
O Presidente da LGDH disse que a sua organização está aberta à colaboração institucional com as autoridades judiciais, mas jamais vai colocar em risco a segurança de Enide Soares da Gama, que se encontra num lugar com garantia de sigilo.
«A Liga nunca vai expor publicamente a imagem de Enide, a menos que ela manifeste tal vontade. Está em causa o direito à boa imagem de uma cidadã traumatizada e em estado de choque».
A 27 de Agosto, a LGDH apresentou o testemunho de Enide Tavares Soares da Gama, que confirmou que está viva, contrariamente aos recentes manifestos do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, que a dava como morta.
A cidadã guineense foi julgada e condenada em Cabo Verde por tráfico de droga e, mais tarte, expulsa daquele país sob a escolta de dois agentes da Policia Nacional Cabo-verdiana, em Julho. Os oficiais foram presos em Bissau, despoletando o mais recente conflito político-diplomático entre o Governo cabo-verdiano e as autoridades de transição da Guiné-Bissau.
(in: PNN)
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