O ministro de transição dos Transportes e Comunicações da Guiné-Bissau suspendeu o director-geral da Administração dos Portos, mas este recusou-se a acatar a decisão, disse hoje (sexta-feira) à agência Lusa fonte do sindicato da empresa.
De acordo com a mesma fonte, as instalações do organismo estão hoje de portas fechadas, depois de alguns trabalhadores que apoiam o director as terem bloqueado a cadeado.
A agência Lusa constatou no local que havia dezenas de trabalhadores no exterior do edifício a aguardar orientações para poderem retomar o serviço, ao mesmo tempo que a direcção do sindicato se reuniu de emergência para analisar a situação.
Fontes do sindicato disseram à Lusa que a polémica estalou depois de o ministro de transição Orlando Viegas publicar, na quinta-feira, um despacho onde anunciou a suspensão do director-geral, Augusto Cabi, substituindo-o por Augusto Manjubá.
Quando o novo responsável se deslocou à sede da empresa para tomar posse no cargo, também na quinta-feira, foi barrado à entrada por um grupo de trabalhadores que não gostaram da decisão.
O próprio Cabi, em declarações aos órgãos de comunicação social guineenses, disse que não ia acatar a ordem de Orlando Viegas e desafiou-o a ir "até às últimas consequências".
"Quem é Orlando Viegas para mandar suspender-me de funções", questionou Augusto Cabi, referindo que a situação se deve a "lutas internas" no Partido da Renovação Social (PRS, segunda maior força no parlamento) a que ambos pertencem.
Por sua vez, o ministro de transição afirmou que não voltará atrás com a decisão.
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