A nefrologista Catarina Carvalho acaba de chegar a Portugal após ter realizado uma missão humanitária na área da saúde renal, em Timor-Leste, que lhe permitiu ficar com um profundo conhecimento acerca da situação no terreno e realizar várias acções em prol da saúde pública timorense.
Catarina Carvalho participou na organização do primeiro curso de formação nesta área, assim como empreendeu rastreios sobre a doença renal crónica em seis instituições e localidades do país, que chegaram a um total de cerca de 500 pessoas.
A missão humanitária teve uma duração de três meses - de Dezembro de 2014 a Fevereiro de 2015 - e teve o apoio da Diaverum, um dos principais prestadores de saúde renal em Portugal e no mundo, que doou material clínico para Timor-Leste.
Sobre a missão
A missão humanitária teve início com uma apreciação acerca das condições existentes na Unidade de Diálise Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli, a única no país. Esta Unidade dispõe de sete postos de hemodiálise e de uma equipa clínica internacional constituída por indonésios e cubanos, apoiada por dez enfermeiros timorenses. Catarina Carvalho encontrou «a unidade de hemodiálise com lotação esgotada e com dificuldade de resposta aos doentes renais crónicos em estádio terminal, o que exigia a reformulação do funcionamento da mesma», de forma a dar uma resposta às necessidades dos doentes renais do país.
A partir do dia 10 de Fevereiro e durante vários dias os timorenses puderam ter um atendimento personalizado sobre a sua saúde renal em locais distintos como Tibar (distrito de Liquiçá, a cerca de 25 km de Díli); o Hospital Nacional Guido Valadares (Consulta Externa); o Hospital de Baucau (2ª cidade de Timor Leste, localizada a cerca de 120 km de Díli e conhecida pela elevada incidência de litíase renal e DRC); o Centro de Saúde de Comoro, (Díli); o Centro de Saúde de Becora, (Díli) e o Centro de Saúde de Ataúro (ilha localizada ao largo de Díli).
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