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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Jogadores guineenses foram obrigados a pagar estadia

Jogadores da selecção de futebol da Guiné-Bissau relataram hoje as dificuldades que estão a ter na viagem de Lisboa até à Zâmbia, país que defrontam no sábado no apuramento para a Taça das Nações Africanas (CAN 2017).


A uma rádio de Bissau, Da Silva, Ivanildo, Sami, Zezinho e Amido Baldé manifestaram-se indignados "com a desorganização" que estão a enfrentar desde que saíram de Lisboa, na quinta-feira, encontrando-se agora na Etiópia.

"Estou triste com tudo isso. Se perdermos, vão dizer que não prestamos para nada, quando na realidade perdemos por falta de organização. Como é que é possível uma selecção na véspera do jogo não treinar", questiona Da Silva.

A Guiné-Bissau defronta a Zâmbia no sábado, em jogo do Grupo E da qualificação para a fase final da Taça das Nações Africanas de 2017, a disputar no Gabão.

A selecção guineense, treinada pelo português Paulo Torres, concentrou-se em Portugal, de onde seguiu viagem em direcção à Zâmbia.

Os jogadores questionam o itinerário escolhido e dizem que seria mais fácil viajar de Lisboa para Lusaca (capital da Zâmbia), fazendo escala em Luanda.

"Gostava de saber quem escolheu esta rota. Isto é um crime o que estão a fazer connosco", atirou Zezinho.

Os jogadores guineenses tiveram que pagar do seu próprio bolso a estadia num hotel em Roma, onde fizeram escala.

Depois de 14 horas de espera na capital italiana, seguiram na última madrugada para a Etiópia onde se encontravam até às 10:00 de hoje.

"Quem escolheu este itinerário não percebe nada de futebol. Nem uma caravana de turistas merece este tratamento", defendeu Ivanildo, jogador da Académica de Coimbra.

Ainda hoje a comitiva guineense, composta por 20 jogadores, seis dirigentes e corpo técnico, segue de autocarro da Etiópia para a Zâmbia.

"Mais de 25 horas de viagem é desgastante. Viajar de avião e depois de autocarro para ir jogar é complicado", disse o avançado Sami.

O director-geral do Desporto guineense, Carlos Costa, disse que o Governo disponibilizou os meios necessários e que coube à Federação de futebol a escolha do itinerário da viagem, pelo que "as responsabilidades terão que ser apuradas".


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