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Joseph Pulitzer

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Morte do realizador é uma "grande perda" para o cinema lusófono

"É uma grande perda para todos nós, para o cinema lusófono principalmente. Manoel de Oliveira queria desenvolver o amor pela sétima arte dentro dos países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e, por várias vezes, tivemos muitos encontros para debater este e outros aspetos", declarou à Lusa Gabriel Mondlane.





O realizador português Manoel de Oliveira morreu hoje aos 106 anos, no Porto.

"Ele foi uma pessoa que deu muita força para os jovens e queria incentivar o amor pelas artes cinematográficas", afirmou o cineasta moçambicano.

O secretário-geral da Associação Moçambicana de Cineastas lembrou que o realizador português foi um dos primeiros a criar condições para a troca de experiências entre Moçambique e Portugal.

"Através de formações, muitas vezes feitas em Moçambique, ele foi uma das primeiras pessoas a criar condições para a interligação entre Portugal e Moçambique, no que diz respeito à troca de experiências", afirmou, endereçando condolências à família enlutada.

Para Mondlane, Oliveira deixou um vasto legado e muitas ferramentas para os criadores de cinema na CPLP.

" As técnicas e as ferramentas que ele deixou vão servir para nos instruir, são um exemplo para todos cineastas da CPLP", disse Gabriel Mondlane, reiterando a necessidade de as associações cinematográficas da CPLP manterem-se unidas.

Manoel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em actividade.

O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada em dezembro passado, por ocasião do seu 106.º aniversário.

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