Jacob Zuma, qualificou na segunda-feira (28) como "inaceitável e injustificável" que mais de 1 bilhão de pessoas no continente africano continuem excluídas de um assento permanente no Conselho de Segurança.
Zuma falou durante a tarde no plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde defendeu a necessidade de reformar o Conselho de Segurança como um assunto de fundamental importância.
Disse que este é um histórico aniversário para a ONU e que ao final desta 70ª Sessão "devemos ser capazes de adotar um roteiro que tenha prazos claros e aplicáveis sobre as prioridades desta organização, bem como em sua reforma".
O governante advertiu que a ONU não pode achar que o mundo é o mesmo desde 1945. "Já não somos colônias. Somos Estados soberanos".
Zuma enfatizou que nesta celebração dos 70 anos da ONU, deseja expressar "em nome do povo da África do Sul, nosso sincero agradecimento ao mundo pela sua contribuição à nossa liberdade das correntes do apartheid e do racismo institucionalizado".
Recordou que 2015 também marca 60 anos da aprovação da Carta da Liberdade na África do Sul, que encarna os princípios e valores fundamentais consagrados na Constituição.
Jacob Zuma assegurou que seu país continuará os esforços no sistema de direitos humanos da ONU para combater os flagelos do racismo, xenofobia, discriminação racial e intolerância, para apoiar o trabalho dirigido à promoção da igualdade.
Igualmente, mencionou a crescente preocupação internacional pelo aumento do extremismo violento e do terrorismo, o que "condenamos energicamente".
Referiu-se também que não pode haver paz, segurança e nem desenvolvimento no Oriente Médio sem a solução da questão palestina e reiterou o apoio ao povo do Saara Ocidental, e exortou a comunidade internacional a apoiar sua luta pela autodeterminação, liberdade, direitos humanos e pela dignidade.
O presidente sul-africano, expressou também que seu país acolhe com "satisfação a restauração das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos".
Zuma faz parte dos mais de 150 líderes mundiais que participam da histórica reunião na sede da ONU, em Nova York.
Na véspera, no encerramento de uma cúpula de três dias sobre desenvolvimento sustentável, o presidente africano pediu aos países desenvolvidos cumprir seus compromissos com as nações em desenvolvimento agora que se acordou um plano para os próximos 15 anos para eliminar a pobreza e a desigualdade.
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