Seis dos nove países lusófonos confirmaram até hoje a presença de governantes na cimeira das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa sexta-feira em Nova Iorque, destacando-se a participação dos chefes de Estado do Brasil e Moçambique.
Angola e Guiné Equatorial não indicaram quem os representarão, enquanto a Guiné-Bissau poderá estar presente somente através do embaixador guineense na ONU.
Brasil, com Dilma Roussef, e Moçambique, com Filipe Nyusi, são os países representados pelos respectivos Presidentes, enquanto Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste terão a presença dos primeiros-ministros, respectivamente José Maria Neves, Patrice Trovoada e Rui Araújo.
A delegação portuguesa é liderada pelo chefe da diplomacia, Rui Machete, e integra também o secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos.
A reunião, que antecederá a cimeira mundial de Paris, em dezembro, e conta também com a presença do papa Francisco, vai discutir o tema das alterações climáticas, sobretudo no que diz respeito ao modo de financiamento para concretizar os 17 pontos centrais, que englobam 169 metas, dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
Em causa está também a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, existente no protocolo de Quioto, com os primeiros a terem metas de redução de emissões e os segundos sem metas, e que agora deverá ser ultrapassada.
Na cimeira da ONU pretende-se a adopção de um documento com uma agenda para os próximos 15 anos com base nos chamados "5P" - Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias - com metas como erradicação da pobreza, da fome e das desigualdades, protecção do planeta e dos recursos naturais.
Após Nova Iorque, segue-se a cimeira de Paris, cujo objectivo passam por chegar a um acordo sobre as formas de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, limitar a subida da temperatura no planeta e avançar com medidas de adaptação às mudanças que estão a ocorrer, dos fenómenos extremos de seca e de inundações à subida do nível do mar.
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