Timor-Leste tornou-se hoje (21) um dos primeiros países do mundo a reconhecer os novos Objectivos Globais de Desenvolvimento Sustentável, um conjunto de 17 metas que devem ser aprovadas esta semana na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, disse que o governo aprovou, no Conselho de Ministros, uma resolução para reconhecer formalmente esses objectivos, bem como a criação de um mecanismo para a sua implementação em nível nacional.
Os objectivos (GGSD, na sigla em inglês) foram negociados ao longo dos últimos anos e deverão ser aprovados pelos 193 Estados que participam da reunião, nesta semana, em Nova York. Abrangendo diversas áreas, pretendem alcançar, nos próximos 15 anos, três grandes metas, principalmente o fim da pobreza extrema, o combate à desigualdade e injustiça e a redução das alterações climáticas.
Rui Araújo falou em uma conferência sobre a perspectiva do G7+ para a agenda de desenvolvimento pós-2015, realizada nesta segunda-feira em Díli pelo Ministério das Finanças timorense em parceria com a Foreign Policy Forum.
Com sede em Díli, o G7+ é uma organização intergovernamental que reúne países considerados frágeis, que recentemente passaram por conflito e hoje partilham experiências no processo de desenvolvimento.
A organização estimulou a inclusão, entre os GGSD, do Objectivo 16 que defende a promoção de "sociedades pacíficas e inclusivas para um desenvolvimento sustentável", providenciando a todos acesso à Justiça e a construção de "instituições inclusivas e responsáveis em todos os níveis". O chefe do governo timorense destacou a necessidade de estimular parcerias para chegar a esses objectivos.
Hélder Lopes, vice-ministro das Finanças, destacou os progressos que a organização tem registado nos últimos anos. "É encorajador ver que os membros do G7+ partilham experiências e se ajudam em áreas como paz e reconciliação, gestão de recursos naturais e gestão fiscal", afirmou.
Actualmente, o G7+ conta com 20 membros da África e da Ásia: Afeganistão, Burundi, Chade, Cômoros, Costa do Marfim, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Ilhas Salomão, Libéria, Papua Nova Guiné, Republica Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Timor-Leste, Togo e Iêmen.
Até maio de 2014, a presidência do bloco era exercida pela ex-ministra das Finanças timorense Emília Pires, que foi substituída no cargo por Kaifala Marah.
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