O presidente do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) realizou uma visita de trabalho à Guiné-Bissau, país onde o Instituto mantém uma equipa de técnicos integrados na missão de cooperação portuguesa para a erradicação do vírus ébola. Fernando de Almeida manteve, ao longo de cinco dias, diversas reuniões e contactos com autoridades de saúde guineenses e com entidades internacionais presentes naquele país, numa altura em que a missão portuguesa foi prorrogada até ao dia 18 de dezembro de 2015.
“Um dos objectivos da participação do Instituto Ricardo Jorge nesta missão de cooperação foi colaborar com as autoridades de saúde locais para que, após o final da missão, a República da Guiné-Bissau possa ter ganho conhecimentos e capacidades no domínio laboratorial”, disse Fernando de Almeida. Para o responsável máximo do Instituto, “importa não só avaliar todos estes meses de trabalho que foram já realizados, preparar os próximos que temos pela frente e também começar a definir e concretizar o pós-missão, numa perspetiva sustentável e realista”.
Recorde-se que o Instituto Ricardo Jorge tem assegurado o funcionamento em permanência, desde março e no âmbito da missão de cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau, de um laboratório móvel que permite garantir a detecção do vírus ébola em amostras de doentes suspeitos de terem contraído a doença. Para além executar os diagnósticos de ébola, os técnicos do Instituto têm também ministrado formação na área da biossegurança laboratorial, com destaque para as áreas de boas-práticas microbiológicas, biossegurança laboratorial, transporte de substâncias infecciosas e técnicas de diagnóstico molecular.
Na visita de trabalho agora realizada por Fernando de Almeida, que decorreu entre os dias 19 e 22 de setembro, destaque para reuniões com as representações de diversas instituições internacionais na Guiné-Bissau, mais concretamente o representante da União Europeia, Vítor Madeira dos Santos, o representante da Organização Mundial da Saúde, Rossi Ayigan, e a representante especial adjunta do secretário-geral das Nações Unidas, Maria do Valle Ribeiro.
Fernando de Almeida adiantou que “estas reuniões de alto nível com estas instituições permitiram aferir, com inegável orgulho e satisfação, a mais-valia que a missão portuguesa e obviamente a presença do Instituto Ricardo Jorge têm constituído para esta importante luta contra o vírus ébola”. Os contactos com as instituições de saúde guineenses foram igualmente um dos pontos da agenda. Assim, foram realizadas reuniões com o Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Saúde Pública da Guiné-Bissau (INASA) e Laboratório Nacional de Saúde Pública.
No âmbito desta deslocação à Guiné-Bissau, Fernando de Almeida acompanhou ainda parte de acções de formação a técnicos do INASA, ministradas pelos profissionais do Instituto Ricardo Jorge. No final de uma dessas sessões e no âmbito da entrega dos certificados de participação aos técnicos guineenses, o director do INASA aproveitou a oportunidade para uma homenagem ao Instituto Ricardo Jorge, na pessoa do seu presidente, pela colaboração que tem sido prestada.
“Foi um momento simbólico de agradecimento pela cooperação franca e verdadeira que tem existido entre estas duas instituições, que me foi dirigido mas que é, na realidade, fruto do empenho e profissionalismo de uma vasta equipa de colaboradores do Instituto Ricardo Jorge”, disse Fernando de Almeida.
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