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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Governo timorense destaca coragem dos que travaram "difícil batalha pela liberdade"

O Governo timorense destacou hoje a grande coragem e sacrifício de todos os elementos das Falintil, o braço armado da resistência, que travaram a "difícil batalha pela liberdade" de Timor-Leste.


"Durante 24 anos, a Resistência travou uma difícil batalha pela liberdade. Era um pequeno exército, mal equipado e sem qualquer apoio militar externo, que lutava contra um gigante e os seus aliados", refere um comunicado do Governo.

"Com grande coragem e contra todas as probabilidades, os soldados das Falintil mantiveram uma ação de guerrilha persistente até o povo de Timor-Leste poder votar pela independência, no referendo de 1999", sublinha.

O comunicado do Governo foi divulgado na véspera do ponto alto das celebrações do 40º aniversário das Falintil, as Forças Armadas de Libertação de Timor-Leste, que decorrem na quinta-feira em Taci Tolo, a oeste de Díli.

Essas comemorações encerram um ciclo com vários eventos iniciado na semana passada para recordar a instituição que nasceu em agosto de 1975, primeiro como braço armado da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) e, desde 1987, como instituição apartidária de defesa da independência do território.

"O sol nasce todos os dias sobre um Timor-Leste que é livre graças aos sacrifícios dos combatentes da libertação nacional e dos mártires que tombaram para tornar possível o nosso sonho de independência", disse Xanana Gusmão, um dos dirigentes históricos da resistência timorense.

"Não podemos nunca esquecer esta parte da nossa história e devemos continuar a honrar estes sacrifícios e aquilo que eles possibilitaram", sublinhou.

Depois da independência de Timor-Leste, as Falintil transformaram-se nas Forças Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

"Estaremos eternamente gratos pelos sacrifícios e as conquistas daqueles que nos precederam. No Dia das Falintil, olhamos o passado para lembrar, honrar e prestar os nossos tributos", refere no comunicado Agio Pereia, porta-voz do Governo e ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros.

"Depois, olharemos em frente, mais inspirados para servir o nosso país, para caminhar com dignidade e trabalhar em direcção a um Timor-Leste pacífico e próspero, sempre conscientes daquilo que aqueles que perderam as suas vidas pela nossa liberdade esperam de nós", explica.

As cerimónias de quinta-feira vão ser acompanhadas por convidados de Timor-Leste, representantes de veteranos dos países do g7+, incluindo Sudão do Sul, Serra Leoa e Guiné-Bissau e ainda veteranos australianos.

Taur Matan Ruak, o último comandante das Falintil antes da restauração da independência e actual chefe de Estado, discursará depois da condecoração, promoção e certificação de passagem à reforma de quadros das F-FDTL.

Entre os condecorados conta-se Xanana Gusmão que receberá a Ordem da Guerrilha com Grau Superior.

Serão, também entregues, simbolicamente, Cartões Especiais de Identificação aos veteranos timorenses que estiveram envolvidos na luta durante 15 a 24 anos.

As cerimónias do 40º aniversário concluem-se na sexta-feira no Arquivo e Museu da Resistência Timorense, com a cerimónia de lançamento da primeira pedra da "Chama Eterna", "um memorial de alto simbolismo, que se pretende venha a concentrar o reconhecimento a todos os que pereceram na luta".









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