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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Timor-Leste pode ser um entreposto, para as empresas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Timor-Leste pode ser um entreposto, um "transatlântico imóvel", para as empresas portuguesas e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) usarem como plataforma para a Ásia, capitalizando assim nas amplas oportunidades desta região, disse hoje Mari Alkatiri.


O atual responsável da Autoridade da Região Administrativa e da Zona Especial de Economia Social de Mercado (ZEESM) de Oecusse falava à Lusa na véspera dos 500 anos da chegada a Lifau, no enclave de Oecusse, dos primeiros navegadores portugueses.

"Há 500 anos o que aconteceu foi o início de uma interação cultural. A chegada dos portugueses. Com os navegadores portugueses vieram os missionários portugueses e isso, com a interação cultural, gerou uma nova identidade aqui em Timor-Leste, para o povo de Timor-Leste que se tornou diferente do resto aqui à volta", disse na entrevista.

"Mesmo se dissermos e assumirmos como verdadeira a afirmação de que mesmo a parte indonésia oriental de Timor é maioritariamente católica, a evangelização portuguesa marcou a diferença se compararmos com a outra evangelização", disse.

Um momento marcado sábado mas que será mais amplamente recordado nas comemorações previstas para novembro no enclave de Oecusse, onde primeiro chegaram os navegadores portugueses.
Questionado pela Lusa sobre se Timor-Leste começa ou não a ser destino para as empresas portuguesas, Mari Alkatiri disse que "as coisas começam a melhorar", depois de muitos anos verem o país como um território demasiado distante.

"Portugal virou-se demais para o norte, esqueceu um pouco o sul, quando a sua vocação era virar-se para o sul. Quis-se virar para o norte, ser mais europeu que qualquer outro europeu e passa pela crise que está a passar, também por isso", explica.

"Quanto tentou virar para o sul, fê-lo já tardiamente e neste momento, num período de crise, os países africanos são realmente os países que ainda podem albergar muitas empresas portuguesas", disse.

Timor-Leste também o poderá fazer, mas noutro contexto, "não como país em si só, mas como uma plataforma para a região", uma mudança de estratégia que considera já se conseguiu fazer.

"Portugal e outros países da CPLP sabem que a zona do mundo que está a experimentar grande crescimento económico e vai ser o centro da economia mundial é aqui esta zona".
"Naturalmente que tendo um entreposto imóvel, o transatlântico imóvel como Timor-Leste, para esta economia regional da Ásia e o Pacifico, acho que Portugal e os países da CPLP, deveriam saber aproveitar melhor isto".
Mari Alkatiri adiantou que do lado timorense tem que haver "capacidade para fazer propostas claras".
"Porque dizer só que Timor pode fazer isso e não aparecer com propostas claras e convincentes, também é muito difícil", disse.

No caso concreto de Timor-Leste, Mari Alkatiri explicou que, por exemplo, são já empresas portuguesas que estão a fazer toda a verificação dos grandes projectos que estão a ser executados em Oecusse, incluindo estradas, aeroporto e uma nova ponte.

Acaba igualmente de ser fechado um acordo com uma empresa portuguesa para a construção no enclave de uma clínica que será a base do futuro hospital de Oecusse.




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