Em entrevista à emissora
católica “Rádio Sol Mansi”, Paulo Gomes, entende que só
assim a Guiné-Bissau poderia criar condições indispensáveis para
que os homens que outrora deram a vida por causa da nossa emancipação
viverem com dignidade.
Paulo Gomes lembrou que, todos os países que tiveram
processo similar à Guiné-Bissau, depois de ascensão a
independência adoptaram reformas profundas nos dois sectores, defesa
e segurança.
Na perspectiva do candidato, apesar das reformas dos
dois sectores iriam valer o estado guineense, mas há toda uma
necessidade para a sua implementação.
Todavia, Paulo Gomes de 50 anos, sublinhou que é
preciso identificar que tipo de estrutura militar que a Guiné-Bissau
deve adoptar, tendo em conta, as ameaças sub-regionais, geografia e
a demografia do país.
Mesmo assim, o ex-director do Banco Mundial para 25
países africanos, alerta para a necessidade de apetrechar a marinha
de guerra nacional, por causa da situação geográfica da
Guiné-Bissau, sendo um país oceânica, na qual as ameaças podem
derivar.
O candidato para as eleições presidências de 13 de
Abril próximo, reconheceu ainda a fraca capacidade de intervenção
da nossa marinha, desde a falta de grandes bases navais que podem
servir não só o país, mas, igualmente a sub-região para fazer
face a pirataria marítima internacional e proteger os nossos
recursos haliêuticos.
Questionado sobre os assassinatos políticos ocorridos
no país, Paulo Gomes assegurou caso for eleito iria convidar todas
as forças vivas da nação para identificar a verdade, contudo, o
candidato afirmou que é preciso perdão entre os guineenses no
sentido de estabelecer uma verdadeira reconciliação nacional e,
citou o modelo Sul-africano, após o regime de Apartheid.
Sobre a célebre questão de amnistia, Paulo Gomes
considera fundamental o engajamento de todos, em particular do
Presidente da República e o governo para que a Guiné-Bissau seja a
grande vencedora desse indulto.
Referindo-se a exploração descontrolada dos nossos
recursos florestais e haliêuticos, o candidato promete o seu combate
para breve caso for eleito Chefe de Estado e, denuncia um eventual
envolvimento dos cidadãos estrangeiros nesta prática.
Sem descurar do tráfico de Droga que beliscou a imagem
da Guiné-Bissau nos últimos anos, Paulo Gomes promete ser ele mesmo
a dar o exemplo para o seu combate no país, porém, o candidato
reconheceu que tal situação deveu-se a fragilidade do Estado
guineense.
Neste quadro, o candidato garante reforçar a
capacidade de intervenção do Estado, em particular das forças de
segurança em lutar contra o tráfico de droga, mesmo assim, Paulo
Gomes, julga que é um problema regional que requer uma acção
concertada entre todos os países da sub-região, nomeadamente,
Gâmbia, Senegal, Guiné-Conacri e Gana
“A seriedade, ausência de trabalho, são umas das
principais causas da situação vigente no país, por isso é
necessário uma boa liderança que sirva de um modelo de boa conduta
para a sociedade, enfatizou”, Paulo Gomes.
Para tal, o candidato as eleições presidências,
elegeu quatro eixos fundamentais, Paz Segurança e Justiça,
Desenvolvimento Humano, Criação de Emprego e Infra-estruturas que
segundo ele, assente numa boa governação.
Paulo Gomes manifesta-se optimista em relação ao
regresso da comunidade internacional que suspendeu a assistência ao
país, devido a boa imagem e o papel influente que Guiné-Bissau teve
outrora a nível internacional, sobretudo em missões de manutenção
da paz e da liberdade.
Igualmente, o candidato sugere uma definição do papel
da Guiné-Bissau na sub-região, na África e na história, uma visão
que exige adopção de novas estratégias que passa necessariamente
por uma diplomacia digna.
No entender de Paulo Gomes algumas embaixadas devem ser
extintas para que o país possa suportar um número razoável de
representações diplomáticas com dignidade.
Pronunciando sobre a difícil situação socioeconómico
que o país atravessa, Paulo Gomes disse ter identificado durante a
sua digressão a zona insular uma situação inaceitável, por isso
promete exercer a sua influência junto do futuro governo, caso for
eleito, para minimizar as dificuldades de mobilidade nas ilhas de Bolama/Bijagós.
Para inverter a pobreza extrema prevalecente na
Guiné-Bissau, o candidato aponta o investimento estrangeiro em
diferentes sectores para estimular a economia nacional, mas defende a
necessidade de estabelecer, a paz com vista a assegurar esses
investimentos.
O economista e ex-funcionário sénior do Banco Mundial
que se converteu em política activa destacou o investimento na
mulher como uma opção exequível para combater a pobreza nas
comunidades locais.
Paulo Gomes defende a descentralização do estado para
isso, apela a realização urgente de eleições autárquicas no
país, com vista a impulsionar o desenvolvimento das regiões.
“Se for eleito Presidente da República estabelecerei
uma excelente relação institucional, em particular com os militares
no sentido de garantir o normal funcionamento do Estado”, indicou
Paulo Gomes.
O candidato independente, Paulo Gomes, termina a
entrevista com garantias de que se for eleito Presidente da República
no próximo dia 13 de Abril promete transformar a Guiné-Bissau, num
dos países mais próspero da África Ocidental.
Bissau, 26.03.2014
(Gabinete de Comunicação de Candidato Dr. Paulo Gomes)