Chefe de proteção internacional da agência da ONU para refugiados afirma que medo e trauma entre comunidades são extremamente altos. Governo local está sobrecarregado e não sabe como lidar com a situação.
Ódio crescente entre as comunidades, deterioração da segurança e das condições humanitárias e o aumento do medo e do trauma entre a população são o que marcam a actual situação na República Centro-Africana (RCA), um ano após os rebeldes terem tomado o poder no país, alertam autoridades da ONU nesta sexta-feira (28).
Estima-se que milhares de pessoas foram mortas e que 2,2 milhões, cerca de metade da população da RCA, precisam de ajuda humanitária desde o início do conflito — com ataques principalmente de rebeldes muçulmanos do grupo Séléka –, em dezembro de 2012.
Mais de 650 mil pessoas estão deslocadas e mais de 290 mil fugiram para países vizinhos. O conflito tomou proporções cada vez mais sectárias conforme as milícias cristãs, conhecidas como anti-Balaka (“anti-facão”) decidiram pegar em armas.
Estima-se que milhares de pessoas foram mortas e que 2,2 milhões, cerca de metade da população da RCA, precisam de ajuda humanitária desde o início do conflito — com ataques principalmente de rebeldes muçulmanos do grupo Séléka –, em dezembro de 2012.
Mais de 650 mil pessoas estão deslocadas e mais de 290 mil fugiram para países vizinhos. O conflito tomou proporções cada vez mais sectárias conforme as milícias cristãs, conhecidas como anti-Balaka (“anti-facão”) decidiram pegar em armas.
O chefe de proteção internacional para o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), Volker Turk, disse que a situação na capital, Bangui, deteriorou-se significativamente em termos de segurança, afirmando que “há uma transformação da violência acontecendo principalmente entre as populações muçulmanas dentro Bangui, mas também em outras partes do oeste da RCA, que está sendo cada vez mais ameaçado.
Turk afirmou que a quantidade de medo e trauma dentro das comunidades é “extremamente alta” e que o governo está “absolutamente sobrecarregado” e não tem capacidade para lidar com a situação.
O porta-voz do Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, alertou que caso “a violência continue, os deslocados internos não serão capazes de voltar para casa antes da estação chuvosa, que começa em meados de abril”.
Ele chamou atenção para o fato de que a violência também limitará o acesso humanitário e minará os esforços da Organização de estabilizar as comunidades e fornecer apoio, criando a possibilidade de que milhares de pessoas tenham que ficar para trás em acampamentos superlotados, sem a estrutura adequada para atendê-las.
“A falta de financiamento continua sendo uma grande preocupação”, disse Laerke, notando que o Plano de Resposta Estratégica para a RCA, que requer cerca de 551 milhões de dólares, está até o momento apenas 22% financiado.
(fonte: ONU)
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