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sexta-feira, 28 de março de 2014

Homens armados tentam assaltar casa de vice-Procurador-Geral da G-Bissau

A residência do vice-procurador-geral da República da Guiné-Bissau foi hoje alvo de uma tentativa de assalto por homens armados e encapuçados, disse à agência Lusa o presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público.


De acordo com Bacari Biai, desconhecem-se os motivos, mas presume-se que a tentativa de assalto à casa de Rui Sanha estará ligada aos "processos quentes" em fase de inquérito no Ministério Público.
"Não sabemos o que se passa, mas estamos preocupados, pois é uma situação gravíssima de atentado contra os responsáveis máximos do poder judicial", admitiu Bacari Biai.
Na última semana, o sindicalista denunciou ameaças à integridade física feitas por desconhecidos, via telefone, contra os magistrados que conduzem o inquérito sobre alegada corrupção na administração dos Portos de Bissau.
Tal como na altura, o sindicato voltou hoje a alertar para a situação em carta endereçada aos representantes da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA).
A preocupação só não foi entregue hoje na sede da União Europeia (UE) e gabinete das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau (Uniogbis) devido ao adiantado da hora no momento em que os magistrados se deslocaram às sedes das duas representações.

"Pedimos segurança para os magistrados", disse Bacari Biai.
O presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público sublinhou que o documento representa um "grito de alerta" assinado pelos magistrados judiciais e oficiais de justiça.

"Se não houver segurança ponderamos mandar parar o trabalho de todos os magistrados", ou seja, ficarem "em casa até que haja segurança", disse Bacari Biai, citando parte da carta entregue às representações diplomáticas.
Questionado sobre a situação do vice-Procurador Geral, cuja residência foi atacada, Bacari Biai assinalou que Rui Sanhá encetou diligências junto do Governo de transição que lhe garantiu proteção com elementos da Guarda Nacional.
Em janeiro o Procurador-Geral da República, Abdu Mané, anunciou publicamente que estava a ser alvo de ameaças que o fizeram reduzir consideravelmente a circulação pelas ruas de Bissau. 



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