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Joseph Pulitzer

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Apoio à agricultura familiar nos países de África

A agricultura familiar como estratégia para combater a fome e a pobreza foi o tema de reunião do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, com líderes de países africanos.



O encontro reforçou a importância do intercâmbio de conhecimentos e tecnologias para produção de alimentos saudáveis nos países africanos e de língua portuguesa. O Brasil tem acordos de cooperação técnica que ajudam a desenvolver a agricultura familiar de outros países. Uma destas ações é o acordo com Moçambique por meio do Programa Mais Alimentos Internacional.

Patrus se reuniu com o presidente da Câmara de Comércio Indústria Brasil/Moçambique, Sinfrônio Júnior, e o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Helder Muteia, nesta quinta-feira (05), em Brasília.

As primeiras máquinas brasileiras, comercializadas pelo programa, chegarão ao país africano ainda neste mês. O maquinário produzido pela indústria brasileira foi enviado de navio e deve começar a chegar ao país a partir do 24 de fevereiro. Nessa primeira remessa, foram enviados 250 tratores em 84 contêineres.

De acordo com o ministro Patrus Ananias, essas estratégias são fundamentais para o intercâmbio de conhecimento e conquistas como a erradicação da pobreza.

“Nós queremos levar as nossas experiências, conquistas tecnológicas e equipamentos para outros povos, especialmente aos povos da América Latina e África. E queremos também aprender com eles em uma ação integrada para que, juntos, possamos erradicar a fome e a desnutrição em nossos países e em todo o mundo”, afirmou.

Neste sentido, outras estratégias foram debatidas no encontro como a realização do Seminário “CPLP Juntos contra a Fome através do Desenvolvimento Agropecuário e Infraestrutura”, que está previsto para setembro deste ano, em Uberaba (MG).

Mais Alimentos Internacional

O Programa Mais Alimentos Internacional tem dois objetivos: estabelecer uma linha de crédito concessional para o financiamento de exportações brasileiras de máquinas e equipamentos destinados à agricultura familiar e fornecer apoio a projetos de desenvolvimento rural para o fortalecimento da produção da agricultura familiar por meio da cooperação técnica e do intercâmbio de políticas públicas.

Coordenado pelo MDA, o programa tem a participação de mais de 500 empresas brasileiras, que exportam para seis países: Zimbábue, Moçambique, Senegal, Gana, Quênia e Cuba.

O governo brasileiro já aprovou R$ 1,2 bilhão em exportação de tecnologia de máquinas agrícolas, área em que o Brasil é referência mundial. A previsão é de que mais de 2,5 mil tratores sejam comercializados pelo programa.

Além disso, mais de 60 mil equipamentos e máquinas agrícolas também serão usados nas lavouras dos países cooperantes.

Moçambique

No total, foram enviadas três remessas de tratores para Moçambique. Até a primeira semana de março, outras máquinas e diversos implementos agrícolas serão enviados. São 583 tratores e 2,6 mil implementos agrícolas que sairão do Brasil com destino ao país africano nesta primeira etapa.

“Estes equipamentos vão ajudar a aumentar a produtividade e explorar mais áreas em Moçambique. A terra não é um problema, há áreas produtivas que não são exploradas e com esses equipamentos teremos possibilidades de produzir mais e erradicar a fome no país e também no mundo”, destacou o representante da FAO na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Helder Muteia.

(fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário- Brasil)



PS. O embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Antonio Patriota, disse que o Brasil quer apoioar com novos projectos de segurança alimentar na Guiné-Bissau em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O diplomata disse ainda que o Brasil, que lançou uma entidade de cooperação em segurança com Bissau, pretende reactivar o centro João Landim, que conta com alguns policiais brasileiros, em parceria com o governo guineense.



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