É obrigação das escolas prestarem um bom serviço público! E na Guiné-Bissau não pode ser excepção!
As crianças mal conduzidas hoje constituem potenciais adultos falhados amanhã.
Num país com um índice de desenvolvimento muito aquém do pretendido, onde tudo é importante é necessário uma intervenção ponderada, mas rápida e cirúrgica.
Confesso que deve ser difícil estruturar uma visão estratégica que vá ao encontro das necessidades do país em tempo útil e que essa mesma visão, agrade e reúna consensos de todos no geral.
Agora penso que deve ou deveria ser unânime que a Educação, uma Educação de qualidade deve ser vista como prioridade das prioridades, fundamental em qualquer sociedade.
Agora penso que deve ou deveria ser unânime que a Educação, uma Educação de qualidade deve ser vista como prioridade das prioridades, fundamental em qualquer sociedade.
A Educação é um Direito!
O que uns anseiam como sendo um Direito outros prescindem como se tratasse de um Dever ou uma Obrigação.
E é aqui que o papel do Estado se deve fazer valer, assim a Educação sendo um Direito deve ser disponibilizada a todos!
O que uns anseiam como sendo um Direito outros prescindem como se tratasse de um Dever ou uma Obrigação.
E é aqui que o papel do Estado se deve fazer valer, assim a Educação sendo um Direito deve ser disponibilizada a todos!
Não obstante o papel que os privados podem e devem ter neste domínio. Temos o desafio de inverter o mau índice de alfabetização com que ainda nos deparamos. Segundo os últimos números de que disponho no ano 2013 (fonte Unicef) a média da taxa de analfabetismo situa-se nos 56%, com maior predominância na população feminina 64% e nos homens 47%.
Se compararmos com Cabo-Verde, onde estamos a solicitar cooperação em várias áreas de conhecimento, a taxa de Alfabetização, também dados de 2013 esta já nos 87 %.
Percebe-se através destes dados o sucesso das implementações de projectos bem sucedidos: Qualidade dos Recursos Humanos.
Continuando, um Estado que disponibiliza uma boa Educação à população está a contribuir para a capacidade que essa mesma população terá em discernir a melhor escolha para si.
Não podemos comprometer ou continuar a comprometer o nosso futuro.
Os países só funcionam de forma sustentada quando possuem Recursos Humanos bem preparados com boa capacidade de interpretação dos seus Direitos e Deveres e participam de forma activa na construção da sociedade onde estão inseridos.
Do que vale inúmeros de anos a estudar, acumular cursos se os conteúdos não estão consolidados. Por isso insisto num sistema de ensino básico consolidado, até porque seguir os estudos ao nível Superior é uma escolha individual e opcional.
Uma consolidação efectiva passa pelo desenvolvimento de valores, disciplina e que incentive as nossas crianças e jovens em aprender, e a ganhar gosto pela escola.
A perceberem que o conhecimento é um alimento para a mente.
A perceberem que, mais do que títulos, o Saber também assenta nas qualidades humanas.
O Estado e a sociedade em geral não devem apenas valorizar e privilegiar o ensino Superior; Uma sociedade equilibrada deve atribuir necessariamente a mesma importância tanto a agricultores, a empregadas domésticas, como ao artesão, operário ou ao licenciado, advogado, engenheiro, médico etc...
Ou seja o Estado deve incentivar e valorizar ensino técnico/profissional qualificado. A sociedade não pode sustentar a Cultura de apenas Drs. Mestres, Doutorados etc. e com isso criar um estigmas sociais.
Todos são necessários e imprescindíveis!
E isto deve ser bem entendido!
Insisto, o Estado deve privilegiar uma Educação de base transversal à sociedade.
A tal "pirâmide" que defendo, está na ideia de uma sociedade construída em Pirâmide, não sendo perfeita é o Ideal para o equilíbrio justo e necessário.
Não podemos estar constantemente a inverter a lógica natural e normal das coisas e da vida, sob pena de estarmos a contribuir para uma sociedade pouco exigente em valores e assente numa base Oca.
Cabe ao Estado, neste caso o governo assumir o seu papel e dever de legislar e criar normativas a serem seguidas de forma transversal em todas as instituições que pretendam operar na área do ensino.
Quem não cumprir, deixaria de ser reconhecido pelo Ministério da Educação.
Simples e claro!
Como tudo na vida deve haver regras e critérios de funcionamento!
Há questões que, sendo de interesse nacional, o Estado não deve ceder as pressões, pode dialogar,mas não perdendo de vista o objectivo.
Governar para agradar a todos é populismo e pura demagogia!
Deve-se evitar!
Governar em prol do geral mostra "Atitude"!
Para o benefício de todos é imperativo fazer o que tem que ser feito!
Mais do que proliferar escolas e Universidades é importante apostar em poucos.
Mas fundamental que reúnam condições de funcionamento infraestruturas, professores capacitados e motivados para a função e com qualidade pedagógica para um ensino de qualidade.
Como forma de síntese, penso que é unânime que deve ser disponibilizada a toda população um ensino básico forte e consolidado a fim de darmos boas bases às nossas crianças e jovens.
Ensino de qualidade dentro das nossas possibilidades é certo. Mas modernizado e adaptado às novas exigências e desafios deste século.
Cabe também aos alunos o não conformismo com o estado de "banalização" do ensino e exigir por direito uma Educação de qualidade!
Se no passado tivemos uma escola de qualidade nada nos pode impedir de ambicionar actualmente esse feito.
A minha experiência pessoal permite-me também reconhecer e dizer que já tivemos um bom nível de ensino e muito exigente. Quando tenho ao meu lado o que são o orgulho do ensino que a G-Bissau já teve.
Entre outras, mas o meu pai por exemplo com a quarta classe antiga, até hoje é o meu suporte de conhecimentos em várias matérias (história, geografia, matemática, português etc.). Para além de possuir uma boa memória ele acredita (e eu também) que a quarta classe antiga poderá ser comparável ao nosso 12° ano hoje.
Aos nossos governantes cabe a coragem de não temerem as "pressões" e definirem de forma clara, transparente e com rigor o que pretendem para o sistema Nacional de Educação.
Porque não basta acreditar é preciso fazer acontecer!
Uma obrigação de todos!
Porque no fim Bissau 1°
06/2/2015, Amélia Costa Injai
( Licenciada em Ciências da Comunicação e da Cultura; Formação no Programa de Desenvolvimento de Competências em Gestão e Liderança)
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