A nação vive "uma situação animadora" para encetar "o desenvolvimento pós-conflito em todos os aspetos", referiu, à saída de um encontro com o Presidente da República guineense, José Mário Vaz.
"Esperamos que, com o apoio dos parceiros na mesa redonda de dia 25 de março, possamos acelerar o desenvolvimento", acrescentou.
A Guiné-Bissau está a organizar uma mesa redonda de doadores internacionais (países e outras entidades) para 25 de março, em Bruxelas, com vista a angariar fundos para o plano estratégico de desenvolvimento do país.
Um novo governo e presidente foram eleitos em 2014 depois de o país ter estado entregue a autoridades nomeadas a seguir a um golpe de Estado militar em 2012.
Mohamed Chambas assumiu o cargo de representante da ONU para a África Ocidental em setembro de 2014 e esta é a primeira visita no cargo à Guiné-Bissau, com o propósito de se inteirar da situação do país.
O dirigente desvalorizou eventuais divergências na política interna guineense, entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, depois de questionado pelos jornalistas sobre se o tema foi abordado no encontro de hoje com o chefe de Estado.
"É natural que cada país tenha os seus conflitos institucionais. Isso não é anormal", referiu, acrescentando: "há exagero nessa questão".
Chambas considera que numa "democracia jovem", como a da Guiné-Bissau, haverá confronto político de tempos a tempos, mas também diálogo e o país acabará por "aprofundar a democracia".
No segundo e último dia de visita a Bissau, o representante da ONU visitou também as instalações da Polícia Judiciária, em que foi apresentada a Unidade de Crimes Transnacional - que agrega diferentes forças de segurança guineenses.
No final, considerou a organização da mesa redonda de doadores igualmente importante para a "angariação de recurso para combate ao crime internacional".
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