"O Ébola não chegou à Guiné-Bissau, mas todos têm que estar vigilantes", referiu à saída de um encontro com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, no palácio do Governo.
Peter Graaff disse ter discutido com o chefe do Executivo "a importância de tudo estar a postos", em modo de prevenção.
"Se houver um caso, deve haver uma resposta rápida, para esse caso não se transformar num grande problema", realçou.
Por mais prontidão que a ONU possa ter para responder a uma emergência, "a população tem que estar ciente" da ameaça e dos riscos, concluiu.
Peter Graaff é Representante Especial Interino do Secretário-Geral da ONU e chefe da Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra o Ébola (UNMEER, em inglês).
Aquele responsável, que já liderou o combate à epidemia na Libéria, deverá permanecer durante três dias na Guiné-Bissau para avaliar a capacidade de resposta contra a ameaça.
Desde maio têm surgido todas as semanas alguns casos novos de Ébola num município da Guiné-Conacri, Boké, que faz fronteira com o sul da Guiné-Bissau.
De acordo com os relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o grupo de portadores do vírus que deu origem a estes novos casos é oriundo de Conacri, a sul, mas pode já ter dado origem a novas cadeias de transmissão.
A situação levou a um reforço da vigilância sanitária no município de Boké, bem como no posto fronteiriço com a Guiné-Bissau em Cuntabane.
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