O Governo moçambicano defendeu hoje uma estratégia conjunta para os territórios marítimos dos países de língua portuguesa, lembrando estimativas que colocam este espaço comum como o quarto maior produtor mundial de hidrocarbonetos até 2025.
"Urge a elaboração de uma estratégia conjunta para os mares da lusofonia que constitua um instrumento indispensável na definição de políticas e das estratégias para os oceanos", declarou hoje o vice-ministro da Defesa moçambicano, durante o IV Simpósio das Marinhas da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), que começou hoje em Maputo.
Uma visão comum, segundo Patrício José, "poderá contribuir para uma ampla oportunidade para uma cooperação internacional em domínios essenciais para o desenvolvimento sustentável das actividades ligadas ao mar, já que os países da comunidade se distribuem por vários oceanos".
No discurso de abertura do encontro, que reúne oficiais superiores das armadas dos estados-membros da CPLP, o vice-ministro moçambicano lembrou que a organização coloca-se na "liga maior dos detentores de petróleo e gás" e que se estima que este espaço venha a ser o quarto maior produtor mundial de hidrocarbonetos até 2025.
"As recentes descobertas de gás em Moçambique, que segundo as estimativas o colocarão na terceira posição deste recurso, atrás da Rússia e do Qatar, tornam a CPLP incontornável na geopolítica deste recurso da exploração de hidrocarbonetos", afirmou Patrício José, acrescentando que a organização "poderá assumir um papel preponderante nas relações internacionais" bem como afirmar a lusofonia "no jogo global dos fazedores do desenvolvimento".
O vice-ministro recordou que, no seu conjunto, os mares da CPLP somam cerca de 7,2 milhões de quilómetros quadrados, ou 2,5% do total da superfície marítima global, reflectindo "uma imensidão de rotas comerciais, recursos estratégicos e de potencialidades geoestratégicas e geopolíticas, que importa conhecer, potenciar e proteger".
Patrício José referiu ainda que o investimento em segurança marítima entre as marinhas gera sinergias de emprego, num contexto de afinidade cultural, em que dois terços das populações dos estados-membros vivem em zonas costeiras, além da "grande importância social e económica" da pesca comercial e artesanal, "que pode servir de alavanca para o desenvolvimento sustentável dos povos".
A delegação portuguesa no IV Simpósio das Marinhas da CPLP é chefiada pelo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), que destacou as responsabilidades de cada estado inerentes aos seus espaços de soberania.
No caso de Portugal, disse à Lusa Luís Macieira Fragoso, implicam a costa, a Zona Económica Exclusiva, uma plataforma continental "com muitas riquezas que importa garantir" e ainda "o trânsito de uma quantidade enorme de navios, em linhas de comunicação marítima essenciais à economia europeia e também à portuguesa".
O apelo do Governo moçambicano para uma estratégia comum para os mares da CPLP, segundo o CEMA, já encontra eco neste encontro de marinhas, através de "modelos de cooperação que permitam que todas cumpram os seus níveis de responsabilidades", embora seja preciso "um denominador comum para exercer essas funções".
À excepção de Portugal e Brasil, observou Macieira Fragoso, os estados-membros da CPLP são países recentes e ainda estão a criar as estruturas base para as respectivas marinhas e que "são muito exigentes e demoram o seu tempo".
Além do simpósio, a visita do CEMA a Maputo tem ainda em perspectiva o acompanhamento das acções de cooperação entre as marinhas portuguesa e moçambicana.
Sob o lema "A importância do mar para o desenvolvimento dos países da CPLP", os trabalhos do simpósio terminam na terça-feira, visando, segundo disse hoje o vice-ministro moçambicano da Defesa, a interacção entre os estados-membros na luta contra a insegurança marítima.
Uma visão comum, segundo Patrício José, "poderá contribuir para uma ampla oportunidade para uma cooperação internacional em domínios essenciais para o desenvolvimento sustentável das actividades ligadas ao mar, já que os países da comunidade se distribuem por vários oceanos".
No discurso de abertura do encontro, que reúne oficiais superiores das armadas dos estados-membros da CPLP, o vice-ministro moçambicano lembrou que a organização coloca-se na "liga maior dos detentores de petróleo e gás" e que se estima que este espaço venha a ser o quarto maior produtor mundial de hidrocarbonetos até 2025.
"As recentes descobertas de gás em Moçambique, que segundo as estimativas o colocarão na terceira posição deste recurso, atrás da Rússia e do Qatar, tornam a CPLP incontornável na geopolítica deste recurso da exploração de hidrocarbonetos", afirmou Patrício José, acrescentando que a organização "poderá assumir um papel preponderante nas relações internacionais" bem como afirmar a lusofonia "no jogo global dos fazedores do desenvolvimento".
O vice-ministro recordou que, no seu conjunto, os mares da CPLP somam cerca de 7,2 milhões de quilómetros quadrados, ou 2,5% do total da superfície marítima global, reflectindo "uma imensidão de rotas comerciais, recursos estratégicos e de potencialidades geoestratégicas e geopolíticas, que importa conhecer, potenciar e proteger".
Patrício José referiu ainda que o investimento em segurança marítima entre as marinhas gera sinergias de emprego, num contexto de afinidade cultural, em que dois terços das populações dos estados-membros vivem em zonas costeiras, além da "grande importância social e económica" da pesca comercial e artesanal, "que pode servir de alavanca para o desenvolvimento sustentável dos povos".
A delegação portuguesa no IV Simpósio das Marinhas da CPLP é chefiada pelo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), que destacou as responsabilidades de cada estado inerentes aos seus espaços de soberania.
No caso de Portugal, disse à Lusa Luís Macieira Fragoso, implicam a costa, a Zona Económica Exclusiva, uma plataforma continental "com muitas riquezas que importa garantir" e ainda "o trânsito de uma quantidade enorme de navios, em linhas de comunicação marítima essenciais à economia europeia e também à portuguesa".
O apelo do Governo moçambicano para uma estratégia comum para os mares da CPLP, segundo o CEMA, já encontra eco neste encontro de marinhas, através de "modelos de cooperação que permitam que todas cumpram os seus níveis de responsabilidades", embora seja preciso "um denominador comum para exercer essas funções".
À excepção de Portugal e Brasil, observou Macieira Fragoso, os estados-membros da CPLP são países recentes e ainda estão a criar as estruturas base para as respectivas marinhas e que "são muito exigentes e demoram o seu tempo".
Além do simpósio, a visita do CEMA a Maputo tem ainda em perspectiva o acompanhamento das acções de cooperação entre as marinhas portuguesa e moçambicana.
Sob o lema "A importância do mar para o desenvolvimento dos países da CPLP", os trabalhos do simpósio terminam na terça-feira, visando, segundo disse hoje o vice-ministro moçambicano da Defesa, a interacção entre os estados-membros na luta contra a insegurança marítima.
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