O Primeiro-ministro do Governo de transição da Guiné-Bissau, Rui de Barros, e representantes da comunidade internacional deslocaram-se nesta quarta-feira à Nigéria e Côte d'Ivoire para abordar o processo eleitoral no país, disse uma fonte governamental à agência Lusa.
De acordo com a mesma fonte, Rui de
Barros viajou na companhia de José Ramos-Horta, representante do
secretário-geral das Nações Unidas, Ovídeo Pequeno, representante da
União Africana, e Ansumane Cissé, representante da CEDEAO (Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental).
Da Nigéria, Rui de
Barros deverá seguir ainda nesta quarta ou quinta-feira para a Côte
d’Ivoire, acrescentou a mesma fonte, sem precisar se os restantes
representantes também o vão acompanhar.
As deslocações aos dois
países africanos estão relacionadas com a preparação das eleições gerais
na Guiné-Bissau, marcadas para 24 de Novembro.
A CEDEAO
determinou que o período de transição na Guiné-Bissau (iniciado na
sequência do golpe de Estado de Abril de 2012) tem que terminar antes do
final deste ano com a organização de eleições gerais.
As
autoridades guineenses de transição têm repetido que querem realizar os
escrutínios na data marcada pelo Presidente de transição, Serifo
Nhamadjo, mas que não têm dinheiro, que, dizem, foi prometido pela
comunidade internacional.
Várias vozes da classe política, o
Governo e o próprio Presidente têm admitido a possibilidade de as
eleições serem adiadas por falta de verbas.
Na passada
sexta-feira, o ministro da presidência do Conselho de Ministros e
porta-voz do Governo de transição, Fernando Vaz afirmou, em declarações
aos jornalistas no parlamento, que ainda nem deu entrada nos cofres do
Tesouro "um único centavo" do dinheiro prometido pela comunidade
internacional para a organização das eleições.
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