O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) afirmou hoje em Bissau, que a realização da justiça é uma virtude, mas também, uma arte complexa que requer a “ perseverança, dedicação e amor à profissão”.
Paulo Sanhá falava durante a cerimónia de tomada de posse de 11 novos juízes de direito colocados nos tribunais regionais do interior do país.
O também Presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial alertou aos novos “homens da lei”, de que, não é fácil ser juiz na sociedade como a guineense que, segundo as suas palavras, tem um nível de cultura jurídica “baixíssimo”.
Perante esta alegada situação negativa, o Presidente do STJ acrescenta que, muitas vezes, “os possuidores deste domínio de conhecimento manipulam a maioria leiga, à mercê dos seus interesses, ou para justificar os insucessos no foro judicial, criando, de certo modo, um clima de tensão social contra os magistrados, diabolizando-os”.
Sanhá pediu aos magistrados, enquanto garantes jurisdicionais dos direitos fundamentais dos cidadãos e da cidadania, para que pugnassem pela isenção e imparcialidade, na promoção duma justiça objectiva e célere à todos os cidadãos, independentemente das condições socioeconómico ou cultural.
O Presidente do STJ apelou aos novos juízes de direito a absterem de certos comportamentos que põem em causa a “boa imagem” dos tribunais, nomeadamente, a “promiscuidade com as partes processuais, ultimamente veiculadas”.
Em nome dos recém-empossados, Julho Nhaga prometeu que farão “tudo”, (administrar a justiça) em nome do povo, nos limites da Constituição da República e das leis ordinárias do país.
A tomada de posse de novos juízes de direito, para além dos familiares dos mesmos e dos actores judiciários, contou igualmente com as presenças do Vice-Procurador-geral da República, Paulo Sanhá e do novo Presidente do Tribunal de Contas, Vasco Biagué.
(in: ang)
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