O Secretário de Estado do Plano e Integração Regional (SEPIR) informou este fim-de-semana que o governo vai apresentar um Documento Estratégico com as aspirações do povo guineense aos doadores na Mesa Redonda de Bruxelas do próximo dia 25.
Em entrevista aos órgãos de comunicação social, em jeito de balanço dos preparativos para a Mesa Redonda, Degol Mendes explicou que o referido documento é resultado de um trabalho conjunto entre governo, sociedade civil e o sector privado, visando atender os anseios sociedade guineense em geral.
"O retiro que foi realizado em Canchungo tem como objectivo partilhar a nova visão do país com os parceiros internacionais e esta inclusão vai facilitar a implementação das estratégias”, esclareceu o SEPIR.
Degol Mendes informou que a Mesa Redonda é um processo que, por si so, não vai resolver todos os problemas do pais, mas, no entanto, vai permitir o governo saber se a comunidade internacional concorda com as suas estratégias para um desenvolvimento sustentável.
Isso por que, segundo aquele governante, o executivo quer acabar com o ciclo vicioso de instabilidade, da falta de crescimento económico e do aumento da pobreza.
Assim, explicou o SEPIR, o governo adoptou uma estratégia com 4 eixos com prioridades partilhadas e que serão depois traduzidos num plano operacional a ser implementada até 2025.
“Até aquela data, o governo deseja e espera ter uma Guiné-Bissau positiva e sem resignação”, desejou adiantando que para tal é preciso estabilidade política, boa governação e o desenvolvimento inclusivo, assim como a preservação da biodiversidade.
Acrescentou que o executivo adoptou três etapas de governação que são, a denominada “Pá terra Rança”, referente a formação de um governo inclusivo, o que aconteceu em 2014, a intitulada “Terra Rança” ja este ano, para criar condições ou seja fundos para um crescimento acelerado que tem a ver com a boa governação, a construção de infra-estruturas, desenvolvimento humano e urbano e agro-indústria.
Estes são factores que, segundo Degol Mendes, irão permitir dizer em 2025 que “Sol na Iarde”, concluiu.
Interrogado sobre os projectos, Degol Mendes respondeu que foram seleccionados aqueles que vão ter efeitos imediatos junto das populações guineenses depois da sua execução para credibilizar ainda mais o governo perante a comunidade internacional.
Disse que, por isso o executivo periodizou os projectos dos sectores da saúde, educação, agricultura e a comunicação social.
Em relação ao sector privado, Degol Mendes advertiu ser necessário criar condições para que esta área possa desenvolver. “Porque é vantajoso, se for os nacionais a crescerem, o progresso será inclusivo”, referiu lembrando que para tal é preciso remover os obstáculos, os quais não especificou.
"A Mesa Redonda é importante, mas o mais importante é como fazer depois para que as promessas sejam cumpridas. Por isso o governo preparou uma ficha em que cada parceiro deve assinar indicando a área em que o seu apoio devera ser implementado”.
Interrogado sobre a biodiversidade disse que o país possui recursos únicos nesta área e que é necessário “vende-los” ao mundo.
(In: ANG)
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