A informação foi avançada em conferência de imprensa pelo gestor da empresa, Jorge Lopes, esclarecendo, entretanto, que os "atrasos no pagamento de serviços de licenças" não põem em risco os serviços e sistemas informáticos nem as relações com a multinacional norte-americana.
"Existem atrasos no pagamento de serviços de licenças da Microsoft, como certamente existirão outros atrasos. Estão perfeitamente controlados através do plano de regularização estabelecido com o Ministério das Finanças", esclareceu Jorge Lopes.
"Não há risco de interrupção dos serviços da Microsoft e se os houvesse não daria lugar a qualquer interrupção no funcionamento da administração. Traria certamente algumas fragilidades", admitiu, dizendo que é um processo "normal" de relação financeira com qualquer instituição.
Jorge Lopes disse que o NOSi tem uma "relação excelente" com a Microsoft, que será reforçada "muito brevemente" com a assinatura de um contrato de parceria "com muitas inovações".
Quanto ao pagamento da dívida, o gestor do NOSi disse há um "plano de amortização" e que será feita pelo Governo de Cabo Verde, através do Ministério das Finanças, na rubrica Licenças e Patentes definida no Orçamento do Estado (OE).
"O NOSi é uma instituição de referência junto da Microsoft e as nossas relações estão muito para além de contar tostões ou cêntimos. Montamos parcerias e trabalhamos conjuntamente", reforçou.
Criado em julho de 2003, o NOSi foi até fevereiro de 2014 uma instituição da administração do Estado, mas desde essa altura é uma entidade pública empresarial, recebendo pelos serviços prestados a mais de 400 instituições do Estado cabo-verdiano.
Jorge Lopes, avançou, porém, que, até hoje, nenhuma instituição do Estado pagou pelos serviços recebidos, pelo que o NOSi está num processo de reestruturação e reorganização, para criar as condições de poder passar a receber pelos serviços informáticos.
Além de Cabo Verde, o NOSi tem parcerias e contratos para prestar serviços e desenvolver projetos em outros países como Moçambique, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e Burkina Faso.
Em Cabo Verde, desenvolveu várias soluções, com destaque para o Sistema Integrado de Gestão Orçamental e Financeiro (SIGOF), que em 2013 ganhou a 3.ª edição do prémio Africano para a Inovação para o setor público.
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