"Nós queremos uma facilitação de serviços alfandegários entre os países de língua oficial portuguesa. É preciso remover as barreiras alfandegárias que existem, para que se aumente os níveis do comércio entre os países lusófonos", disse à Lusa Anapaz de Jesus Neto, à margem do VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa, que terminou hoje na capital moçambicana.
De acordo com o presidente da Aplop, as relações portuárias entre os
países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) estão numa
boa fase, mas é preciso diminuir os encargos aduaneiros, como forma de
dinamizar a cooperação entre eles.
"Uma mercadoria que sai de Moçambique para Angola, por exemplo, não
pode pagar os direitos alfandegários como se fosse uma mercadoria que
vem da Suécia", afirmou Anapaz de Jesus Neto.
Além dos entraves aduaneiros nas trocas comerciais, O VIII Congresso
dos Portos de Língua Portuguesa discutiu a ideia de reforçar as viagens
de cabotagem, como forma de explorar a riqueza das costas marítimas
existentes na lusofonia.
"As relações entre os países lusófonos estão excelentes, mas queremos
melhorar. Por isso, debatemos também o incrementar das viagens de
cabotagem entre os países de língua portuguesa, que neste momento ainda
não são feitas", adiantou o presidente da Aplop.
Subordinado ao tema "Estreitando Relações e Cooperação no Espaço da
Lusofonia, o VIII Congresso daAplop reuniu, durante dois dias em
Maputo, académicos e empresários dos países de língua portuguesa, que
discutiram os projetos portuários e logísticos, acessibilidade marítima e
o mercado da CPLP.
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