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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 6 de março de 2015

Divida deve permitir criar riqueza suficiente para a pagar mais tarde.

"Os recursos que vamos obter, tanto na mesa redonda como em parceria com Cabo Verde, têm de ser recursos produtivos, capazes de criar riqueza. E daqui a 20, 25 anos, quando esses créditos começarem a vencer, o país criou riqueza suficiente para fazer face a essas necessidades", referiu, ao receber uma comitiva empresarial cabo-verdiana no Palácio Presidencial.

 
Numa intervenção sobre a situação do país, José Mário Vaz defendeu a necessidade de promover a iniciativa privada e fazer emagrecer a máquina do Estado guineense, que classificou como "um monstro", por ser "dono e senhor" da economia nacional.

Um cenário no qual alertou para os riscos do endividamento público, caso não se libertem funções económicas a favor da iniciativa privada.

"A mesa redonda é dívida, é uma dívida que vamos contrair perante os nossos parceiros e que, se não for no nosso tempo, se nós não utilizarmos bem esses recursos, nós estamos a ser maus para a geração vindoura", sublinhou.

Mesmo que seja "daqui a 20, 25 anos, esses créditos vão começar a vencer. Significa que estamos a transferir problemas", pelo que, realçou, "é preciso uma boa dívida".

A mesa redonda de doadores internacionais está a ser organizada pelo Governo para angariar parceiros de desenvolvimento que acompanhem o investimento previsto no plano estratégico para os próximos anos.

As autoridades eleitas em 2014 puseram fim à crise provocada com o golpe de Estado de abril de 2012.
 
 
 

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