O objectivo desta comissão é identificar situações que possam levar a conflitos em bairros problemáticos. A decisão foi tomada na última semana e anunciada este domingo.
O Governo, entidades públicas e associações vão juntar-se para criar uma Comissão de Alerta Precoce, destinada a identificar situações que possam levar a conflitos em bairros problemáticos, nomeadamente o da Cova da Moura, no concelho da Amadora.
A decisão foi tomada na sequência de uma reunião que decorreu na quinta-feira mas cujas conclusões só hoje foram divulgadas num comunicado do Ministério da Administração Interna.
Explicita-se no comunicado que a Comissão terá como objectivos «identificar as situações que possam estar na origem de conflitos com as autoridades e/ou intra-comunitárias, alertar as entidades e autoridades competentes para essas situações e, através do diálogo e da cooperação, procurar as soluções mais adequadas para prevenir conflitos e para contribuir para a definição de soluções».
A reunião juntou os secretários de Estado Fernando Alexandre (adjunto da ministra da Administração Interna), João Almeida (da Administração Interna) e Pedro Lomba (adjunto do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional), dirigentes de entidades como a PSP, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Alto Comissariado para as Migrações, além de representantes de diversas associações, como o Observatório Lusófono dos Direitos Humanos, Moinho da Juventude, a Federação das Organizações Cabo-verdianas e a Associação Congresso dos Quadros Cabo-Verdianos na Diáspora.
O encontro teve por objectivo debater, segundo o comunicado, a relação da polícia com a população da Cova da Moura e de outros bairros e a forma de garantir a segurança e tranquilidade nesses locais, com as associações a expressarem «a sua preocupação relativamente à forma como têm decorrido algumas intervenções da PSP na Cova da Moura».
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