Condenando o repreensível ataque a civis e forças de paz em Mali, o especialista independente em direitos humanos da ONU, Suliman Baldo, expressou sua profunda preocupação com as amplas violações dos direitos mais básicos que continuam a atormentar as populações em áreas afectadas pelo confronto.
Baldo aponta a fragilidade do acordo de cessar-fogo assinado em 19 de fevereiro, em Argel, e explica que “a tensão criada pela actual situação, nem de guerra, nem de paz, tem encorajado os que não estão interessados em um ambiente pacífico a sabotar os esforços vigentes.”
Nesse contexto, ele lembrou dos recentes ataques terroristas que causaram a morte de cinco civis na capital, Bamako, e da investida a quartéis da Missão Integrada de Estabilização Multidimensional da ONU (MINUSMA), em Kidal, que matou duas crianças malinesas e um membro da Missão de Paz do Chade e feriu outras 14 pessoas.
“Esses ataques contra civis e instalações da MINUSMA são condenáveis e seus autores têm que ser identificados e levados à justiça”, disse Baldo. “Os grupos armados extremistas ou terroristas que não são signatários do acordo de paz, tem um óbvio interesse em sabotar qualquer processo que possa trazer de volta a paz e a estabilidade em Mali.”
Ele reiterou que dada a complexidade do conflito de muitas dimensões além da fronteira de Mali, as partes interessadas nacionais, o governo de Mali, os Movimentos de Plataforma e Coordenação terão que mostrar boa fé e confiança e trabalhar para conseguir a paz duradoura. Adicionalmente, enfatizou que as as vítimas devem estar nos centros de processos de paz e reconciliação, que devem também contar com a participação activa das mulheres.
(Um posto de controle em Kindal, Mali. fotoONU) |
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