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quarta-feira, 4 de março de 2015

PM timorense realiza visita surpresa ao Porto de Díli e pede melhores métodos

"Mais do que querer punir seja quem for, trata-se de perceber o que se passa, de ver como estão a funcionar as coisas. Para melhorar a política de implementação", explicou Rui Araújo.


"Temos que criar sistemas que sirvam melhor a comunidade", insistiu o primeiro-ministro que visitou o Porto acompanhado do vice-ministro das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações, Inácio Moreira, e do vice-ministro das Finanças, Hélder Lopes.

É a segunda vez desde que tomou posse, há 10 dias, que realiza inspecções surpresas a departamentos do Governo.

Os jornalistas são chamados a estarem no Palácio do Governo logo ao início da manhã - Rui Araújo chega ao escritório às 07:30 - e depois, numa carrinha organizada pela Secretaria de Estado da Comunicação Social acompanham as visitas.

Não se sabe o destino, viaja-se apenas com o carro do primeiro-ministro e duas viaturas de segurança. Sem pressas, sem sirenes e com paragens até nos semáforos, se estiverem vermelhos.

Durante cerca de uma hora, o chefe do Governo visitou praticamente todas as áreas do Porto de Díli, verificando como se realizam inspecções aos contentores e o uso da única máquina de raio-x para investigar o conteúdo dos contentores.

Uma oportunidade para perceber os vários problemas com que se depara a principal infraestrutura de entrada de tudo em Timor-Leste, com cerca de mil contentores processados por mês - sendo que, em média, demora 15 dias para que o contentor, quando chega, saia do Porto.

"É um problema de capacidade mas também é um problema de gestão. E em termos de serviços públicos vamos ter que resolver isto", disse à Lusa o chefe de Governo durante a visita ao Porto.

Os problemas vão desde a dimensão do porto - navios chegam a ter que esperar mais de um mês para poder descarregar - falta de coordenação e de melhores métodos no processo que envolve alfândega e autoridade portuária, a meios técnicos pouco adequados.

"A dimensão do Porto é insuficiente e os navios têm que esperar muito tempo", disse à Lusa Valente Araújo, do serviço de alfândegas.

A cada problema detectado Rui Araújo foi dando instruções aos membros do Governo que o acompanham para que tomem nota - "fix it" - e para que se coordenem melhor.

"Eu acho que podemos melhorar as coisas. Alterar procedimentos. Temos estado a dialogar com os responsáveis do Porto para tentar agilizar as coisas", disse à Lusa José António Abílio, director geral das Alfandegas.

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