O actual ano lectivo vai ser o primeiro após vários anos de instabilidade em que o programa curricular foi cumprido e houve tranquilidade nas escolas, considerou hoje o presidente do Sindicato Nacional dos Professores da Guiné-Bissau (Sinaprof).
"A nível da transmissão da matéria, do cumprimento do programa, este vai ser um ano diferente de todos os outros, pela positiva", referiu Luís Nancassa, em conferência de imprensa, em Bissau.
O dirigente fez um "balanço positivo" do ano lectivo, que diz ter decorrido com "tranquilidade" ao nível das relações laborais entre professores e Estado.
"A cada momento que batemos à porta, o Governo está aberto para conversarmos. Se é assim, não vale a pena entrar pela via da crispação", sublinhou.
Luís Nancassa referiu que, "com diálogo", foi resolvida "a maioria dos problemas que afectam a classe docente" da Guiné-Bissau.
O Sinaprof demarcou-se da mais recente greve convocada por outro sindicato de professores, o Sindeprof, realizada no início do mês para contestar os prazos de pagamento de salários em atraso.
"No dia 1 de dezembro de 2014 assumimos o compromisso de dar como prenda [aos alunos] a tranquilidade do sistema, neste ano letivo. É isso que tentamos fazer", concluiu Luís Nancassa.
As escolas estiveram mais tempo fechadas que a funcionar durante o período que sucedeu ao golpe de Estado de abril de 2012, devido a greves dos professores que deixaram de receber salários. O Governo eleito em 2014 encetou um programa de pagamento dos vencimentos atrasados e tem mantido em dia os pagamentos mensais, factores que contribuíram para a pacificação do sector.
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