Cinco cidadãos sírios detidos, sábado último, no aeroporto internacional da Cidade da Praia, em Cabo Verde, com passaportes falsos, foram reconduzidos para Dacar (Senegal), de onde chegaram num voo da companhia aérea senegalesa Air Senegal.
A notícia, divulgada em primeira mão pela Rádio de Cabo Verde (RCV), 
dava conta que os cinco sírios, com idades compreendidas entre os 35 e 
os 45 anos, pretendiam embarcar, a partir da capital cabo-verdiana, para
 as ilhas Canárias para, depois, seguirem para um outro destino na 
Europa.
Os serviços da Direção de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto 
internacional Nelson Mandela, constataram que os mesmos eram portadores 
de passaportes falsos.
Três deles pretendiam passar como cidadãos suecos, um como francês e 
outro como lituano, de acordo com a Direção de Estrangeiros e 
Fronteiras.
Os viajantes foram retidos nas próprias instalações do aeroporto para a sua posterior  recondução a Dacar.
A rádio pública cabo-verdiana, que cita fontes oficiais, revelou 
também que este não foi o primeiro caso de cidadãos sírios desejosos de 
ir para a Europa com escala em Cabo Verde, aludindo a uma família síria 
que conseguiu chegar a Lisboa via Cidade da Praia e que, depois, pediu 
asilo às autoridades portuguesas.
O caso mais mediático de tentativa de cidadãos da Síria, país que 
vive actualmente uma situação de guerra civil que já provocou vários 
milhares de mortos e de refugiados, aconteceu a 10 de dezembro de 2013, 
na Guiné-Bissau.
Naquela ocasião, a companhia aérea portuguesa TAP foi obrigada, pelas
 autoridades dos serviços de fronteira local, a embarcar, num voo da 
capital bissau-guineense para Lisboa, 74 passageiros sírios, detentores 
de  passaportes turcos falsificados.
Os viajantes acabaram por ser detidos ao chegarem à fronteira, na 
capital portuguesa, e colocados sob custódia das autoridades enquanto 
aguardam pelo desfecho do processo relativo ao pedido de concessão de 
estatuto de refugiado político por parte de Portugal.
Na sequência do incidente, a TAP deixou de voar para a Guiné-Bissau. 
(in:panapress)

 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário