A maioria dos deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), principal força no Parlamento guineense, decidiram retirar a confiança política ao seu líder, Rui Diã de Sousa, por acusações de "maus procedimentos".
Em carta assinada pelo deputado Carlos Cassamá, em nome de 35 dos 67 
parlamentares que compõem a bancada do PAIGC, é referido que foi 
retirada a confiança a Diã de Sousa e que na sexta-feira serão feitas 
eleições para a escolha de um novo líder.
Fonte do PAIGC ligada aos subscritores da carta explicou à Agencia 
Lusa que o líder parlamentar "tem vindo a ter maus procedimentos" no 
tratamento de assuntos de interesse do partido.
A fonte escusou-se a revelar mais pormenores sobre a acusação contra Rui Diã de Sousa.
Confrontando com a situação, Diã de Sousa, antigo ministro das 
Finanças guineense, disse estar tranquilo e aguardar a reação da direção
 superior do PAIGC sobre o assunto.
O político confirmou que teve lugar na quarta-feira uma reunião entre
 "alguns deputados" da bancada do PAIGC, sem a sua presença, por não ter
 sido convidado.
Para Rui Diã de Sousa, "não é um procedimento normal" à luz do 
regimento da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento guineense), 
nem dos estatutos do PAIGC, propor a substituição do líder parlamentar 
da forma como os 35 deputados pretendem.
Os subscritores da carta de retirada de confiança política a Rui Diã 
de Sousa são apoiantes da candidatura de Braima Camará ao cargo de 
presidente do PAIGC no oitavo congresso, ainda sem data, e em que se 
deverão perfilar os candidatos às eleições gerais de 16 de março.

 
 
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