Membros do departamento de Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO) deslocaram-se à Guiné-Bissau de 19 a 23 de Agosto e concluíram que as medidas têm sido "insuficientes para acabar com a epidemia", que persiste desde 2012.
Segundo os
números da ECHO, no último ano foram registados 4.103 casos de cólera e
44 pessoas morreram na Guiné-Bissau "devido à falta de cuidados
adequados", refere a organização em comunicado.
A última vaga
da epidemia no país foi assinalada na região de Tombali, descrita como
"uma comunidade isolada, com acesso limitado aos centros de saúde".
Embora
o número de casos "permaneça limitado", o chefe de missão, Jean-Louis
Mosser, considera que "é necessário intensificar as medidas preventivas,
porque a chuva pode fomentar a rápida propagação da doença".
A época das chuvas ocorre anualmente entre Junho e Outubro.
A
União Europeia "continua a acompanhar de perto a situação", refere a
ECHO, com apoio a acções juntos da população para que tenham cuidados
com a higiene e desinfecção da água, entre outros, que podem ajudar a
estancar a doença.
A estratégia mais vasta engloba a sub-região
da costa Oeste Africana e está também centrada em "encontrar respostas
rápidas para tratamento de casos epidémicos de Cólera", numa zona onde a
doença "dispõe de meio fértil para se propagar".
Em 2012, a UE
concedeu financiamento à UNICEF e já este ano apoiou a Organização
Mundial de Saúde (OMS) para garantir e melhorar as condições de higiene e
de saneamento em áreas de alto risco, assim como para tratamento de
casos epidémicos.
"Nos últimos dez anos, a epidemia de Cólera
tem estado a aumentar na África Ocidental, com cerca de 100 mil pessoas
directamente afectadas pela doença e milhares de mortes registados
anualmente", conclui a missão da União Europeia.
A cólera é uma
doença causada por uma bactéria que se multiplica no intestino humano e,
entre outros sintomas, provoca diarreia.
A doença afecta apenas os seres humanos e a transmissão é feita principalmente através de água contaminada com dejectos fecais.
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